Um novo material capaz de liberar oxigênio em nível celular pode
iniciar uma verdadeira revolução nos laboratórios de biologia e de
medicina.
Mas os benefícios deverão vir sobretudo para as pessoas com diabetes.
O biomaterial se mostrou eficaz para manter vivas células produtoras
de insulina, criando um ambiente que se aproxima de um "pâncreas
artificial".
Esta é a primeira vez que os cientistas conseguem levar oxigênio localmente para células beta usando um material artificial.
Oxigênio para as células
O objetivo fundamental dos pesquisadores é desenvolver um sistema
artificial para manter vivas as células produtoras de insulina antes e
após um transplante.
Um dos maiores problemas com o transplante de células,
particularmente de células beta, é suprir a elevada demanda dessas
células por nutrientes logo após o transplante.
Nos dias seguinte à implantação, as novas células não têm ainda uma
rede vascular funcional que possa lhes levar oxigênio, e grande parte
delas acaba morrendo.
Para resolveu o problema, a Dra Cherie Stabler e seus colegas do
Instituto de Pesquisas em Diabetes (EUA) desenvolveram o novo material
gerador de oxigênio, chamado PDMS-CaO2.
Biomaterial
Quando exposto à água, o novo biomaterial começa a gerar oxigênio
espontaneamente, criando um ambiente rico em nutrientes, graças ao
suprimento sustentado de oxigênio.
Esse microambiente fica ativo por mais de seis semanas, o que é mais
do que o suficiente para a vascularização natural das células
implantadas.
A equipe demonstrou a funcionalidade da nova técnica incubando
células beta e ilhotas em condições que imitam o pâncreas - segundo a
Dra Stabler, eles criaram uma espécie de "mini órgão artificial".
"Estamos muito encorajados com os resultados deste estudo e das suas
implicações rumo ao nosso objetivo de levar essa descoberta aos milhões
de pessoas vivendo com diabetes," disse a pesquisadora.
Artigo em: Diário da Saúde
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