28 de novembro de 2011

Complicações: Retinopatia

A retina é uma fina camada no fundo do olho, rica em pequenos vasos sanguíneos e nervos. É como uma película fotográfica onde as imagens são projectadas a caminho do cérebro. Às lesões da retina da pessoa com Diabetes chamam-se retinopatia diabética. As lesões resultam, principalmente, de alterações dos pequenos vasos tornando difícil a passagem do sangue e consequentemente o transporte de oxigénio e nutrientes ás várias zonas.

Nas fases iniciais não há habitualmente alterações da visão. Os vasos deixam passar fluidos, ficam frágeis e dilatam nalguns pontos. A visão é alterada quando os fluidos ou o sangue (hemorragia) resultado do rebentar de algum vaso atinge a mácula, zona da retina onde se forma a imagem.

A descoberta precoce destas fragilidades vasculares permite actuar através de “laser” e impedir que mais tarde ocorra uma hemorragia.

O único tratamento existente é a fotocoagulação (laser), estando as respectivas indicações presentemente muito bem estabelecidas. Para alguns casos anteriormente considerados insolúveis, existe um processo cirúrgico complexo (vitrectomia).

O laser é um intenso raio de luz que tem como objectivo destruir a zona perigosa através de uma pequena e indolor queimadura.

A retinopatia diabética é uma das várias complicações tardias da doença, pensando-se que seja uma consequência da hiperglicemia e cuja gravidade está fortemente associada com a duração da diabetes.
Tendo em conta que formas avançadas de retinopatia podem não provocar sintomas visuais, e, por vezes quando estes ocorrem ser já demasiado tarde para provocar a sua regressão terapêutica, torna-se fundamental e indispensável a vigilância periódica dos olhos das pessoas com Diabetes. 

A prevenção de lesões graves na retina passa por um exame periódico pelo menos anual – fundoscopia e pelo controlo rigoroso da sua diabetes, da tensão arterial, dos lípidos e de não fumar. 

A observação oftalmológica deverá iniciar-se logo que a diabetes seja diagnosticada nas pessoas com Diabetes do tipo 2 e até aos cinco anos de evolução nas pessoas com Diabetes do tipo 1. 

A maioria das vezes é necessário proceder à dilatação do olho, para uma boa observação do fundo. Esta dilatação provoca uma incapacidade de adaptação da visão que pode ser mais ou menos prolongada, pelo que é conveniente ir acompanhado ao médico. Existem outras meios de observar o fundo do olho como a retinografia (fotografia do fundo do olho com ou sem dilatação) e a angiografia fluorescéinia (fotografia do fundo olho após a administração numa veia de um produto de contraste). Ao passar nos vasos sanguíneos do fundo do olho este produto permite uma boa e clara visualização das mesmas. 

Fonte: APDP

Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...