O diabetes tipo 1 é a forma da doença de origem autoimune, ou seja, é caracterizada pelo ataque do próprio sistema imune contra as células produtoras de insulina (células beta). Isto acontece porque, por algum motivo ainda desconhecido, o sistema de defesa não reconhece as células beta como integrantes do organismo, e portanto passa a destruí-las. Com o passar do tempo, muitas destas células são mortas, a produção de insulina cai bastante, a glicemia dispara e tem-se o diabetes. A fim de tratar a condição, algumas estratégias terapêuticas agressivas já foram propostas. Por exemplo, uma idéia é fornecer aos diabéticos drogas que suprimem completamente o sistema imune. Assim, por um lado, o corpo para de atacar as células produtoras de insulina; porém, por outro lado, o paciente fica vulnerável a doenças e infecções. Como, então, seria possível resolver o problema?
Uma brilhante solução foi proposta por uma equipe de cientistas da Northwestern University, em Chicago, nos EUA. Eles utilizaram nanopartículas,cobertas por moléculas específicas de um determinado tipo celular. Umas vez injetadas, as nanopartículas são “devoradas” pelas células de defesa do sistema imune. Neste processo, aquelas moléculas específicas passam a ser reconhecidaspelo sistema imune, que a partir daí acredita que elas são parte normal do organismo. Ou seja, caso as nanopartículas sejam recobertas de moléculas específicas das células-beta, o sistema imune deixará de atacá-las!
O líder do estudo, professor Stephen Miller, disse que, da mesma maneira que a esclerose múltipla foi tratada, será possível desenvolver facilmente tratamentos para doenças como asma e o diabetes tipo 1. “Esta é uma inovação altamente significativa. O objetivo era o de proporcionar um tratamento focado, ao contrário da imunosupressão, que enfraquece o sistema imune como um todo.” “A beleza desta nova tecnologia é que pode ser utilizada em muitas doenças auto-imunes. Nós simplesmente mudamos a proteína que é enviada ao corpo [ligadas às nanopartículas].
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