30 de novembro de 2011

A Diabetes tem cura?

A Diabetes, quer seja tipo 1 (com início em idade jovem e necessitando de insulina desde o diagnóstico) ou tipo 2 (com início geralmente na meia idade e estreitamente relacionada com excesso de peso), é uma doença incurável.
 

Na Diabetes tipo1 os doentes pode ocorrer um período pouco depois do diagnóstico em que há uma aproximação à normalidade dos valores de glicemia, sendo necessária uma quantidade muito reduzida de insulina. Nesta fase, os doentes podem pensar que conseguem manter níveis normais de glicemia com uma pequena quantidade de insulina ou mesmo sem a administrarem. Chama-se a este período na evolução da doença período de «lua-de-mel».

É um erro pensar que a Diabetes está «curada» ou que a sua evolução se processa nesse sentido. De uma forma simplificada, a Diabetes tipo 1 manifesta-se quando cerca de 90% das células produtoras de insulina foram destruídas. Assim, na altura em que a doença é diagnosticada, a maioria das pessoas ainda é capaz de produzir alguma insulina. Se os sintomas da Diabetes tipo 1 surgirem quando a pessoa tem uma doença infecciosa aguda, como por exemplo uma gripe, quando esta resolver as necessidades em insulina vão baixar. Nesta altura, o número de células produtoras de insulina pode ser suficiente para fazer face às necessidades.

No entanto, o processo que já havia destruído 90% das células contínua, acabando por destruí-las na totalidade. Conforme a destruição progride, as necessidades de insulina injectada vão sendo gradualmente maiores, acabando o doente por ficar totalmente dependente da insulina exógena.

Actualmente pensa-se que é importante que as pessoas com diagnóstico recente de Diabetes tipo1 continuem a administrar insulina mesmo durante o período de «lua-de-mel», pois isso poderá ajudar a preservar as células secretoras por mais algum tempo.

Os indivíduos com Diabetes tipo 2 podem constatar que se tiverem excesso de peso na altura do diagnóstico e se depois perderem peso e iniciarem uma actividade física regular, os seus níveis de glicemia podem regressar à normalidade. Isso não significa que a Diabetes tenha desaparecido. O desenvolvimento da Diabetes tipo 2 é um processo gradual, no qual o organismo se torna incapaz de produzir insulina suficiente para as necessidades e/ou as células se tornam resistentes ao efeito da insulina. Gradualmente, o doente evolui desde a «alteração da tolerância à glicose» até à Diabetes.

Se o doente voltar a ganhar peso ou diminuir a actividade física, os níveis altos de glicemia regressam. Também se comer excessivamente a uma refeição, é provável que os valores de glicemia atinjam níveis elevados. Para além disto, a deficiência de secreção de insulina e/ou a insulino-resistência que estão na base da Diabetes vão intensificar-se com o passar do tempo e durante períodos de stress. Assim, a evolução mais frequente leva a que um doente que conseguia inicialmente manter níveis normais de glicemia com o regime alimentar e exercício físico o deixe gradualmente de conseguir, necessitando de antidiabéticos orais e/ou insulina.

A boa notícia para os diabéticos é que está comprovado que se mantiverem níveis de glicemia próximos da normalidade, qualquer que seja a terapêutica, o risco de desenvolverem complicações da Diabetes reduz-se substancialmente. Isso não quer dizer que a Diabetes esteja curada mas sim controlada.

A Diabetes não se cura mas controla-se!

Fonte: Logotipo do SEDM dos HUC

Diabetes tipo 2 custa mais de 900 M€ por ano ao SNS

A Diabetes tem um custo anual para o sistema de saúde superior a 900 milhões de euros, o que corresponde a cerca de cinco por cento (%) das despesas de saúde e a 0,5% do PIB, revela um estudo apresentado esta sexta-feira.

A investigação, levada a cabo pela Faculdade de Medicina de Lisboa e pela Universidade Católica, teve por base os dados estatísticos demográficos e de saúde disponíveis para Portugal em 2008 e procurou saber quais os custos e a carga da diabetes mellitus tipo 2 (a forma predominante a nível mundial, com 90% de prevalência) em Portugal.

Relativamente aos custos da doença para o sistema de saúde, representaram nesse ano 952 milhões de euros, cerca de 5,5% do total das despesas de saúde e 0,55% do Produto Interno Bruto (PIB) desse ano.

Decompondo esse total em custos diretos e indiretos, o estudo aponta para uma estimativa global de 616 milhões de euros em custos diretos, dos quais 108,2 milhões com internamentos atribuíveis à diabetes e 508 milhões com tratamentos em ambulatório (239 milhões só em medicamentos).

Quanto aos custos indiretos, ou seja a incapacidade de trabalhar resultante da diabetes, são estimados em 336 milhões de euros.

A carga da doença é medida através do tempo de vida perdido por mortalidade prematura ou pelo tempo vivido com incapacidade, bem como pelo grau de severidade dessa incapacidade.

Assim, usando indicadores da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Banco Mundial, o estudo conclui por um total de 8.845 mortes atribuíveis à diabetes em 2008, cerca de 8,5% dos óbitos totais nesse ano.

O estudo avaliou também o número de anos de vida perdidos em consequência da diabetes, quer por incapacidade quer por morte prematura.
Desse modo, conclui que os anos de vida perdidos por morte se estimam em 100 mil e por incapacidade em 30,4 mil.

“Globalmente, em 2008 há um total de 130.993 anos de vida ajustados por incapacidade perdidos”, sendo que este total representa 23,2% de anos perdidos por incapacidade e 76,8% de anos perdidos por morte prematura.

Os homens têm 62,6% deste total contra 37,4% das mulheres.

O estudo indica ainda que as previsões da OMS apontam para uma subida da prevalência global de diabetes mellitus dos atuais 285 milhões (2010) para os 438 milhões em 2030, fazendo com que esta patologia seja considerada um dos problemas mais importantes de saúde pública global.

As complicações derivadas da diabetes – microvasculares (rim, retina e nervo) e macrovasculares (doença coronária, cerebrovascular e arterial periférica) – são responsáveis por uma redução de esperança de vida de 7-10 anos nos diabéticos, quando comparados com pessoas sem diabetes.

A população dos diabéticos constitui a primeira causa de cegueira em pessoas com idades compreendidas entre os 20 e os 74 anos, assim como de insuficiência renal crónica, uma população com uma sobrevida média de 3-4 anos.

A diabetes mellitus é dividida em quatro grupos: tipo 1 (cerca de 10% de todos os doentes afetados e com base imunitária maioritariamente), tipo 2 (forma predominante com uma prevalência de cerca de 90%), outros tipos (como defeitos genéticos) e diabetes gestacional (durante a gravidez).

O estudo “Os custos e carga da Diabetes Mellitus tipo 2 em Portugal” foi realizado pelo Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência, da Faculdade de medicina de Lisboa, e pelo Centro de Estudos Aplicados da Catolica Lisbon School of Business and Economics, da Universidade Católica Portuguesa.
Fonte: Diário Digital / Lusa

A cura da Diabetes tipo 1?

"Pesquisadores do Texas descobriram que bloquear a ação de um hormônio chamado glucagon é uma forma de fazer com que a doença passe a ser assintomática.

O diabetes tipo 1 pode se transformar em uma doença assintomática, deixando o paciente livre da dependência à insulina. A potencial cura para a doença é bloquear a ação de um hormônio específico, o glucagon, segundo pesquisa do Centro Médico da Univerisdade do Sudoeste do Texas(http://www.swmed.edu/), nos Estados Unidos, publicada na edição de fevereiro do Diabetes. (http://diabetes.diabetesjournals.org/)


A partir de experimentos com camundongos, os cientistas descobriram que a insulina se torna completamente supérflua e sua ausência não causa diabetes ou qualquer outra anormalidade quando a ação do glucagon é suprimida. O glucagon é um hormônio produzido pelo pâncreas, que impede que indivíduos fiquem com baixos níveis de açúcar no sangue. Na deficiência de insulina, em pessoas com diabetes tipo 1, no entanto, os níveis de glucagon se tornam inadequadamente altos e fazem com que o fígado libere quantidades excessivas de glicose na corrente sanguínea. Esta ação é contrária à insulina, que trabalha para remover o açúcar do sangue. 

Segundo Roger Unger, líder do grupo de pesquisa, a insulina era, até então, considerada uma substância "toda-poderosa" sem a qual nenhum ser humano conseguiria sobreviver. "Este novo tratamento pode ser considerado muito próximo a uma 'cura'", diz o professor. O tratamento com a insulina tem sido a salvação para o diabetes tipo 1 (de origem genética, em que a pessoa depende da insulina para viver) em humanos desde que foi descoberto, em 1922. Mas mesmo que a insulina regule os níveis de glicose no sangue, ela não consegue restaurar a tolerância normal do organismo a essa substância. Já eliminando a ação do glucagon, a tolerância à glicose volta ao normal. 

No estudo da Universidade do Sudoeste do Texas, os cientistas usaram camundongos geneticamente modificados para bloquear a ação do glucagon e testaram sua tolerância à glicose. O teste, que pode ser usado para diagnosticar o diabetes, diabetes gestacional e pré-diabetes, mede a capacidade do organismo de metabolizar, ou eliminar, a glicose da corrente sanguínea. 

Os cientistas descobriram que os camundongos que produziam insulina normalmente, mas sem os receptores do glucagon, responderam normalmente ao teste. A mesma resposta foi percebida nos animais com as células produtoras de insulina destruídas – caracterizando diabetes. Ao mesmo tempo em que não sofreram ação da insulina ou do glucagon, não desenvolveram a doença. 
"Estes resultados sugerem que, se não há glucagon, pouco importa se você tem insulina ou não", diz Unger. "Isso não significa que a insulina não seja importante. Ela é essencial para o crescimento e desenvolvimento do homem até a idade adulta. Mas nesta última fase, pelo menos no que diz respeito ao metabolismo da glicose, o papel da insulina é controlar o glucagon. E se você não tem glucagon, não precisa de insulina". 

Agora, cabe aos pesquisadores encontrar uma maneira de bloquear a ação do glucagon no organismo humano. Será o fim do tratamento com insulina injetável em diabéticos tipo 1."

Quais são os deveres dos diabéticos?


Para que a vida se prolongue e a diabetes não seja um impedimento ao usufruto de uma vida normal, o diabético deve:
  • Assumir comportamentos que o conduzam permanentemente à obtenção de ganhos de saúde e que contribuam para o seu autocontrolo
  • Predispor-se a aprender continuamente a controlar a sua diabetes;
  • Tentar ser autónomo, praticando o seu próprio autocontrolo;
  • Examinar regularmente os pés;
  • Tentar seguir um estilo de vida saudável;
  • Controlar o peso;
  • Praticar actividade física regular;
  • Evitar o tabaco;
  • Esclarecer-se sobre quando e como contactar a equipa de saúde em situação de urgência ou de emergência;
  • Contactar a equipa de saúde sempre que sinta necessidade e até que fique esclarecido sobre as questões que o preocupam;
  • Entrar em contacto e conversar com outras pessoas que tenham a diabetes e com associações locais ou nacionais de doentes diabéticos;
  • Assegurar que a família, amigos e colegas de trabalho se encontram esclarecidos sobre as necessidades da diabetes;
  • Controlar diariamente a sua diabetes, desempenhando um papel activo no seu tratamento
  • Fazer a sua autovigilância e adaptando o tratamento aos resultados – autocontrolo;
  • Tomar correctamente a medicação;
  • Examinar e cuidar dos pés;
  • Contactar a equipa de saúde se verificar que está mal controlado ou se apresentar hipoglicemias graves, ou ainda se surgirem sintomas de infecção;
  • Evitar desperdícios dos recursos comuns existentes, de forma a contribuir para a manutenção e, se possível, aumento dos seus direitos
  • Cumprir o plano de vigilância e terapêutica;
  • Usar correctamente os materiais de controlo e tratamento;
  • Usar adequadamente os serviços de saúde;
  • Utilizar correctamente o Guia do Diabético disponibilizado pelo seu médico assistente e ajudar os outros diabéticos a fazê-lo também.

Que direitos têm os doentes diabéticos?



  • Um plano de tratamento e objectivos de autocuidado
  • Aconselhamento personalizado sobre a alimentação adequada;
  • Aconselhamento sobre a actividade física adequada;
  • Indicação sobre a dosagem e o horário da medicação e ainda sobre como adequar as doses com base na autovigilância;
  • Indicação sobre os objectivos para o seu peso, glicemia, lípidos no sangue e tensão arterial;
  • Análises laboratoriais regulares para controlo metabólico e do seu estado físico
  • Revisão, pela equipa de saúde, dos resultados da autovigilância e do tratamento corrente, em cada contacto com profissionais da equipa;
  • Análise, revisão e alteração, sempre que necessário, dos objectivos de autovigilância;
  • Ajuda e esclarecimento;
  • Educação terapêutica contínua;
  • Verificação, pela equipa de saúde, do seu controlo;
  • Verificação, se necessário, do peso, tensão arterial e dos lípidos sanguíneos;
  • Avaliação anual dos olhos e da visão, dos pés, da função renal, dos factores de risco para doenças cardíacas, das técnicas de autovigilância e de injecção e dos hábitos alimentares;
  • Tratamento de problemas especiais e emergências
  • Conselhos e cuidados às mulheres que desejem engravidar;
  • Acompanhamento especializado na gravidez e no parto;
  • Conselhos e cuidados a crianças, adolescentes e às suas famílias;
  • Acessibilidade adequada a cuidados especializados, em caso de problemas nos olhos, nos rins, nos pés, nos vasos sanguíneos ou no coração;
  • Acompanhamento adequado à pessoa idosa;
  • Educação terapêutica para o doente e para a sua família
  • O porquê da necessidade de controlo dos níveis de glicemia;
  • Como controlar os níveis de glicemia através de uma alimentação adequada, actividade física adaptada e tratamento com medicação oral e/ou insulina;
  • Como avaliar o seu controlo através de testes de sangue e/ou urina (autovigilância) e actuar face aos resultados (autocontrolo);
  • Quais os sintomas de aumento dos níveis de glicose e acetona, como prevenir e tratar;
  • Quais os sintomas de descida do nível de glicose, como prevenir e tratar;
  • O que fazer quando está doente;
  • Prevenção e tratamento das possíveis complicações crónicas, incluindo lesões nos olhos, nos rins, nos pés e o endurecimento das artérias;
  • Como lidar com o exercício físico, com as viagens e com outras situações sociais ou de lazer;
  • Como actuar perante eventuais problemas de emprego, serviço militar, seguros, licença de condução automóvel, entre outros;
  • Informação sobre o suporte social e económico existente, para que o diabético tenha os direitos sociais (emprego, reforma e outros) que as suas capacidades e habilitações possibilitem, sem qualquer tipo de restrição ou discriminação.

29 de novembro de 2011

Hemoglobina glicada

HEMOGLOBINA GLICOSADA, ou glicação da hemoglobina, é o resultado da ligação irreversível da glicose à molécula de hemoglobina contida nos eritrócitos (globulos vermelhos). As hemoglobinas glicadas representam fracções da molécula de hemoglobina e traduzem o valor médio de glicémia durante as últimas 6 a 8 semanas. É utilizado para fazer o acompanhamento das glicémias e confirma a eficácia do tratamento aplicado.
Existem várias classes de hemoglobina glicosada. A mais utilizada é a hemoglobina glicada A1c (HbA1c) que mede-se com maior frequência em diabéticos e para a qual foram estabelecidos níveis ideais. Como os eritrócitos têm uma média de vida de 90 – 120 dias, a HbA1c APENAS será eliminada quando estes forem substituídos. Assim, os valores da Hemoglobina Glicosada são diretcamente proporcionais à concentração de glicose no sangue durante a vida das células vermelhas no sangue.
Os valores normais de A1 c, em porcentagem, oscilam entre 4% e 6%. Já para os portadores de diabetes com bom controle da doença, os valores considerados normais são os abaixo de 6%. Contudo, como valores até 7% são adequados para evitar as complicações de longo prazo, esse é um nível de corte que indica que o tratamento está adequado. Valores acima de 8% indicam que o tratamento deve ser modificado e aumentam as complicações como a neuropatia, retinopatia e nefropatia. É de salientar que níveis muito abaixo dos normais também são de risco, pois representam uma hipoglicémia.

Como Diagnosticar a Diabetes

O diagnóstico é feito através dos sintomas que a pessoa manifesta e é confirmado com análises de sangue. Outras vezes podem não existir sintomas e o diagnóstico ser feito em exames realizados por outra causa. 


Os sintomas relacionados com o excesso de açúcar no sangue aparecem, na diabetes tipo 2, de forma gradual e quase sempre lentamente. Por isso, o início da diabetes tipo 2 é muitas vezes difícil de precisar. 

Os sintomas mais frequentes são a fadiga, poliuria (urinar muito e com mais frequência) e sede excessiva. Muitas vezes o doente não apresenta estes sintomas (ou dá-lhes pouca importância) e o diagnóstico é feito por análises de rotina. 

Nas análises encontramos uma quantidade de açúcar no sangue aumentada (hiperglicemia) e aparece açúcar na urina (glicosúria).


Pode ser uma pessoa com Diabetes: 


Se tiver uma glicemia ocasional de 200 mg/dl* ou superior com sintomas 
Se tiver uma glicemia em jejum (8 horas) de 126 mg/dl ou superior em 2 ocasiões separadas de curto espaço de tempo
* Nalguns países os valores vêm em mmol/L (multiplique por 18 e terá os valores em mg/dl)

Complicações: Disfunção Sexual



Quando há excitação sexual no homem há erecção do pénis e na mulher há lubrificação da vagina. Tudo isto resulta de sinais enviados pelo cérebro através de nervos para os vasos sanguíneos da região. 

Na diabetes pode aparecer uma disfunção sexual. Ela pode manifestar-se sob a forma de ejaculação retrógrada ou impotência sexual no sexo masculino e perda do desejo, incapacidade de orgasmo e deficit de lubrificação no sexo feminino. 

Estas alterações podem ter origem nas lesões dos nervos mas também nos vasos sanguíneos. Muitas das disfunções sexuais na pessoa com Diabetes não têm origem em lesões orgânicas mas podem ter uma natureza psicológica. 
Existem hoje formas de tratar muitas destas situações com resultados muitos satisfatórios.

Fonte: APDP

Complicações: Infecções



As pessoas com Diabetes são mais susceptíveis a infecções da boca e das gengivas, a infecções urinárias, e dos pés e ainda a infecções das cicatrizes depois de cirurgias se os níveis de açúcar no sangue não estiverem bem controlados. 

Todos estes perigos podem, contudo, ser prevenidos se a pessoa com Diabetes conseguir ter um bom controlo da glicemia, da tensão arterial e dos lípidos, se conseguir ter uma vida com bons hábitos alimentares e exercício físico, se não fumar e tiver cuidado com a higiene e vigilância dos seus pés. 

Além disso, é necessária a vigilância oftalmológica periódica sem a qual as lesões iniciais da retinopatia podem passar despercebidas. 

É também necessária a realização de análises periódicas para pesquisa da MICROALBUMINÚRIA que pode detectar o risco de lesão renal além dos habituais exames ao sangue para controlo da diabetes HEMOGLOBINA GLICADA ou (Hba1c), dos lípidos (colesterol e trigliceridos) e da função renal (ureia ou creatinina).

Fonte: APDP

Complicações: O Pé Diabético


As complicações tardias da diabetes - neuropatia periférica, arteriopatia e susceptibilidade às infecções - predispõem a pessoa com Diabetes para o aparecimento de lesões nos pés que, por vezes podem ser graves.


Prevenção 

Os doentes devem ser frequentemente avaliados através do exame clínico. A observação do pé deve ser sistemática, em cada consulta. Uma vez identificados os de maior risco, devem beneficiar de uma maior atenção no sentido de educação e vigilância destinadas a prevenir o aparecimento de lesões.


As pessoas com Diabetes com alto risco para o aparecimento de lesões nos pés são os que apresentam: 

Antecedentes de úlceras nos pés; 
Neuropatia periférica; 
Arteriopatia dos membros inferiores (má circulação); 
Deformações dos pés.


Fonte: APDP

28 de novembro de 2011

Apoio Solidário - IRS

A APDP (Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal) necessita do seu apoio.
Muitos dos seus projectos só são possíveis graças à generosidade de todos. Sem qualquer custo para si, a não ser a sua disponibilidade para optar por um gesto solidário, poderá canalizar para a instituição, 0,5% do imposto liquidado, relativo ao seu IRS.
Para o efeito bastará preencher a sua declaração de IRS com NIPC da APDP: 500 851 875, no quadro 9 do anexo H, linha 901.

Tabela de Equivalentes


Tabela Nutricional parte 2

Tabela Nutricional parte 1

Complicações: Hipertenção Arterial

A hipertensão e a diabetes são doenças inter-relacionadas que, se não tratadas, aumentam o risco de doença vascular aterosclerótica (enfartes do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais e doença dos membros inferiores). A hipertensão agrava ainda a microangiopatia, principalmente a nefropatia diabética, para a qual é um factor de risco maior. A hipertensão é duas vezes mais comum em pessoas com Diabetes e aumenta com a idade. No momento do diagnóstico da diabetes, a hipertensão já existe em cerca de 40% dos doentes, o que sugere uma associação de mecanismos entre as duas: a obesidade e existência à insulina levam à hipertensão e esta agrava aintolerância à glicose. Na maioria dos casos não se encontra uma causa para a hipertensão, é essencial (sem causa removível identificável), em particular na diabetes tipo 2.

Na diabetes tipo 1, é muitas vezes devida à nefropatia, que ocorre em uma de cada três pessoas com Diabetes com mais de 15 anos de evolução de doença, contra apenas uma em cada cinco de pessoas com Diabetes do tipo 2.

Nas pessoas com Diabetes, a hipertensão sistólica isolada (só elevação da TA máxima) é mais frequente que nas pessoas sem Diabetes e constitui também, ao contrário do que se supunha anteriormente, um risco acrescido de complicações cardiovasculares, principalmente de acidente vascular cerebral (trombose ou hemorragia cerebral). Nos casos em que existe neuropatia concomitante, a pressão arterial é mais elevada na posição de decúbito (deitada) podendo haver baixa significativa dos valores ao passar para a posição de pé (hipotensão ortostática).

É muito importante definir grupos especiais de risco que têm a ver com a presença ou não de outros factores de risco, como a dislipidémia (alterações das gorduras no sangue), o tabaco, o excesso de peso e a inactividade física. Está provado que se conseguem reduções maiores do risco cardiovascular só deixando de fumar do que só tratando a hipertensão com drogas. A presença de proteínas na urina (proteinúria), mesmo em pequenas quantidades (microalbuminúria), é um marcador de risco ao qual deve ser dado a maior atenção e que deve fazer parte do controlo habitual da pessoa com Diabetes hipertensa.

Os níveis de pressão arterial desejáveis na pessoa com Diabetes são substancialmente inferiores ao da população em geral, 130/85 mmHg segundo as recomendações internacionais e com um máximo aceitável de 140/90 mmHg. Estas recomendações sugerem que a pressão arterial deve ser avaliada pelo menos de 3-3 meses, quando estabilizada e de forma mais frequente (uma ou duas vezes por semana) se estiver instável.
O controlo deve ser feito em conjunção com o autocontrolo da diabetes já que valores elevados de glicemia ou de TA têm impacto recíproco. Hoje, pode-se ainda recorrer a aparelhos mais sofisticados de medição ambulatória de pressão arterial (MAPA) que permitem a avaliação ao longo de 24 horas ou mais, definição do perfil ao longo do dia e noite e correlacionar a pressão arterial com diversas actividades e a toma dos medicamentos.

Fonte: APDP

Complicações: Neuropatia

A neuropatia diabética é uma das complicações tardias da diabetes e resulta de lesões nos nervos do nosso organismo afectando um grande número de pessoas com Diabetes.

Os nervos são o nosso sistema de comunicação entre os vários territórios do nosso organismo levando informações e transmitindo ordens. Através deles temos a percepção da dor, da forma e temperatura dos objectos. Também pelos nervos passam as ordens enviadas do cérebro para as nossas mãos, pernas ou pés e que nos levam ao movimento.

Quando os nervos são lesados há manifestações tais como alterações da sensibilidade, aparecimento de queixas dolorosas mais ou menos intensas e, frequentemente, perda das sensibilidades dolorosa e térmica. Outras vezes existem atrofias musculares e perturbações da motilidade (diminuição da força nas pernas e dificuldades na marcha).

Muitas vezes há uma completa perda da sensibilidade ao nível dos pés não sentindo a pessoa com Diabetes objectos que, ocasionalmente, se introduzam no interior do sapato e que podem muitas vezes ser causa de feridas. São muito habituais as queimaduras com o saco de água quente durante a noite ou com uma aproximação demasiada a uma lareira por insensibilidade ao calor.

A neuropatia pode atingir o aparelho digestivo provocando perturbações no seu funcionamento (atrasos no trânsito alimentar, obstipação, diarreias), o coração com alterações do seu ritmo e a bexiga com perda do seu tonus e sensibilidade, muitas vezes levando a infecções repetidas.

A sintomatologia depende da zona atingida e pode incluir:

Formigueiros nas extremidades dos membros
Diminuição ou ausência de sensibilidade nas extremidades
Dor espontânea e constante nas extremidades
Atrofia de alguns músculos
Perda do controlo da bexiga
Perturbações de ritmo cardíaco
Alterações gastrointestinais
Disfunção sexual

Como nas outras complicações tardias existe uma estreita relação entre o seu aparecimento e uma deficiente compensação. Na diabetes, as lesões dos nervos são provocados directa ou indirectamente pela hiperglicémia que leva a alterações graves dos numerosos pequenos vasos que os irrigam.

Fonte: APDP

Complicações: Nefropatia

Os rins são o filtro do nosso organismo. São constituídos por milhões de pequenos vasos que transportam sangue com impurezas que aqui são libertadas e eliminadas através da urina que aqui se forma.
Quando na diabetes estes pequenos vasos são lesados em grande quantidade aparece a nefropatia. A sua evolução é lenta e silenciosa. O sinal mais precoce é a perda, acima de valores normais, de proteínas na urina. (microalbuminúria) Inicialmente em quantidades muito pequenas e mais tarde, já em fase não reversível, em grandes quantidades. Se a nefropatia continua a evoluir há acumulação de produtos antes eliminados (ureia, creatinina), manifestações de fadiga, cansaço e perda do apetite e caminha-se para a insuficiência renal.

Em estados mais avançados, os rins podem mesmo parar de funcionar. Se ambos os rins não funcionam deverá ser feito o mesmo trabalho que o rim fazia mas agora artificialmente. É a diálise. Na fase seguinte, e se houver condições e indicação, a pessoa com Diabetes pode ser submetida ao transplante renal.

Fonte: APDP

Complicações: Retinopatia

A retina é uma fina camada no fundo do olho, rica em pequenos vasos sanguíneos e nervos. É como uma película fotográfica onde as imagens são projectadas a caminho do cérebro. Às lesões da retina da pessoa com Diabetes chamam-se retinopatia diabética. As lesões resultam, principalmente, de alterações dos pequenos vasos tornando difícil a passagem do sangue e consequentemente o transporte de oxigénio e nutrientes ás várias zonas.

Nas fases iniciais não há habitualmente alterações da visão. Os vasos deixam passar fluidos, ficam frágeis e dilatam nalguns pontos. A visão é alterada quando os fluidos ou o sangue (hemorragia) resultado do rebentar de algum vaso atinge a mácula, zona da retina onde se forma a imagem.

A descoberta precoce destas fragilidades vasculares permite actuar através de “laser” e impedir que mais tarde ocorra uma hemorragia.

O único tratamento existente é a fotocoagulação (laser), estando as respectivas indicações presentemente muito bem estabelecidas. Para alguns casos anteriormente considerados insolúveis, existe um processo cirúrgico complexo (vitrectomia).

O laser é um intenso raio de luz que tem como objectivo destruir a zona perigosa através de uma pequena e indolor queimadura.

A retinopatia diabética é uma das várias complicações tardias da doença, pensando-se que seja uma consequência da hiperglicemia e cuja gravidade está fortemente associada com a duração da diabetes.
Tendo em conta que formas avançadas de retinopatia podem não provocar sintomas visuais, e, por vezes quando estes ocorrem ser já demasiado tarde para provocar a sua regressão terapêutica, torna-se fundamental e indispensável a vigilância periódica dos olhos das pessoas com Diabetes. 

A prevenção de lesões graves na retina passa por um exame periódico pelo menos anual – fundoscopia e pelo controlo rigoroso da sua diabetes, da tensão arterial, dos lípidos e de não fumar. 

A observação oftalmológica deverá iniciar-se logo que a diabetes seja diagnosticada nas pessoas com Diabetes do tipo 2 e até aos cinco anos de evolução nas pessoas com Diabetes do tipo 1. 

A maioria das vezes é necessário proceder à dilatação do olho, para uma boa observação do fundo. Esta dilatação provoca uma incapacidade de adaptação da visão que pode ser mais ou menos prolongada, pelo que é conveniente ir acompanhado ao médico. Existem outras meios de observar o fundo do olho como a retinografia (fotografia do fundo do olho com ou sem dilatação) e a angiografia fluorescéinia (fotografia do fundo olho após a administração numa veia de um produto de contraste). Ao passar nos vasos sanguíneos do fundo do olho este produto permite uma boa e clara visualização das mesmas. 

Fonte: APDP

27 de novembro de 2011

Os Sintomas da diabetes

Quando a glicemia é muito elevada, podem existir sintomas típicos: 
Urinar em grande quantidade e mais vezes - POLIÚRIA 
Sede constante e intensa - POLIDÍPSIA 
Fome constante e difícil de saciar - POLIFAGIA 
Sensação de boca seca - XEROSTOMIA 
Fadiga 
Comichão (prurido) no corpo (sobretudo ao nível dos orgão genitais) 
Visão turva
Sintomas na criança e no jovem: 
Quase sempre na criança e nos jovens a diabetes é do tipo 1 e aparece de maneira súbita e os sintomas são muito nítidos. 
Urinar muito (por vezes, pode voltar a urinar na cama) 
Ter muita sede 
Emagrecer rapidamente 
Grande fadiga com dores musculares 
"Comer muito sem nada aproveitar" 
Dores de cabeça, náuseas e vómitos
Quaisquer dos outros sintomas já atrás referidos podem também estar presentes. Perante estes sintomas, o diagnóstico de Diabetes deve ser rápido, seguido do início do tratamento com insulina pois, se o não fizer, a pessoa com Diabetes entra em Coma Diabético e corre perigo de vida.
Sintomas do adulto 
A grande maioria dos adultos com Diabetes após os 35 anos são do tipo 2. No adulto é habitual a Diabetes não dar sintomas no seu início e, por isso, pode passar despercebida durante anos. O sintomas só aparecem quando a glicemia está muito elevada e, habitualmente, de modo mais lento que na criança ou jovem. Contudo, o açúcar elevado vai provocando os seus estragos mesmo sem se dar por isso. E é essa a razão pela qual, às vezes, já podem existir complicações (nos olhos, por exemplo) quando se descobre a diabetes. Uma pessoa pode ter uma Diabetes, impropriamente chamada, “ligeira”, a qual só é descoberta ao realizar uma análise de sangue ou ao apresentar alguns dos sintomas pouco marcados já referidos e que levam à suspeita do diagnóstico.
Quem está em risco de se tornar uma pessoa com Diabetes? 
A Diabetes tem vindo a aumentar assustadoramente. É uma doença em expansão nos países em desenvolvimento que atinge cada vez mais pessoas e cada vez mais em idades mais jovens. Sabe-se, contudo, que têm mais probabilidade de virem a ser pessoas com Diabetes.
Factores de risco 
As pessoas que têm familiares próximos com Diabetes 
Os obesos ou todos os que se deixam engordar, sobretudo na “barriga” 
Quem tem a tensão arterial alta ou níveis elevados no sangue de colesterol 
As mulheres que tiveram diabetes na gravidez ou filhos com peso à nascença igual ou superior a 4Kgs 
Os doentes com doenças do pâncreas ou doenças endócrinas


Fonte: APDP

Unidade móvel de saúde concluiu o seu percurso em Santarém

Unidade móvel de saúde concluiu o seu percurso em Santarém: Milhares de pessoas sensibilizadas

A unidade móvel de saúde “Vamos dar a volta à diabetes” iniciou o seu percurso na Praça da Figueira, em Lisboa, para assinalar o Dia Mundial da Diabetes (14 de Novembro), passando depois por Leiria, Viseu, Porto, Évora e Santarém onde terminou o seu percurso junto ao CNEMA. Durante toda a semana, a iniciativa proporcionou actividades interactivas para avaliar o conhecimento que as pessoas têm sobre a doença, ideias preconcebidas e mitos associados que podem ser um sério obstáculo ao tratamento e à prevenção, incentivando ainda ao exercício físico com aulas de ginástica ao ar livre.

Promovida pela Lilly Portugal e pela Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), com o apoio Sociedade Portuguesa de Diabetologia, a acção “Vamos dar a volta à Diabetes” pretendeu ir ao encontro dos objectivos definidos pela Federação Internacional da Diabetes para 2011 que considera fundamental que as pessoas saibam o que é a diabetes, quais os riscos associados e como prevenir ou controlar a doença, atrasando as suas complicações.

Fonte: RCM pharma

Índice Glicémico

Índice glicémico: o que significa?


Sabia que uma alimentação composta por alimentos com baixo nível IG pode contribuir para reduzir o risco de diabetes, ajudar a controlar o colesterol e doenças cardiovasculares? 


Todos os dias comemos alguns alimentos que, depois de digeridos, nos fornecem energia para realizarmos as nossas actividades diárias. 

A maioria dos alimentos com hidratos de carbono (açúcar, pão, fruta, feijão, bolos, massa, sumos de fruta, arroz…) é digerida no nosso organismo, transformada em glicose e levada pelo sangue a todas as células, sendo o nosso principal “combustível”. 

Quando entra na circulação sanguínea, a glicose origina uma subida na glicose sanguínea (glicemia). Esta subida pode ser mais ou menos brusca, conforme os alimentos que ingerimos.

A forma como cada alimento faz subir os níveis de açúcar no sangue é determinada através da avaliação do índice glicémico. 

Está provado cientificamente que os alimentos com IG elevado (exemplo do pão branco, refrigerantes, açúcar, batatas fritas) proporcionam uma "explosão" de energia, elevando os níveis de açúcar no sangue de forma violenta. 

Os que apresentam valores mais baixos de IG (fruta, leguminosas, alimentos com fibras) acabam por proporcionar uma entrada mais lenta da glicose para o sangue, o que poderá prolongar a sensação de saciedade e retardar o aparecimento da fome e falta de energia. 

Esta entrada mais lenta e continuada de glicose na corrente sanguínea faz com que os órgãos e substâncias responsáveis pela regulação da “energia” no nosso organismo trabalhem de forma mais eficiente e não sejam sobrecarregados,isto é, o pâncreas que produz a hormona insulina será menos "espremido".

Certamente já se apercebeu que, quando se alimenta mal, ingerindo alimentos açucarados de forma isolada a meio da manhã, fica inicialmente com uma sensação de euforia e de energia mas que rapidamente se dissipa, dando lugar a uma sensação de cansaço e de quebra. 

O mesmo não se passa quando ingere uma refeição equilibrada e com alimentos com valores de índice glicémico mais baixos.

Alimentos que menos afectam a resposta de insulina no sangue são considerados de baixo índice glicémico, e os que afectam muito, de alto índice glicémico. Portanto, as pessoas com diabetes deverão preferir alimentos com baixo IG.


Classificação IG: Baixo: ≤ 55; Médio: 55-70; Elevado: >70

Lágrima poderá substituir sangue em teste de glicose

Para os diabéticos, a dor de picar a ponta do dedo ou outras partes do corpo para analisar o nível de glicose faz parte do quotidiano. Porém, esta realidade poderá vir a alterar-se futuramente, já que investigadores norte-americanos estão a estudar um novo método indolor que usa lágrimas em vez de sangue para fazer a medição.


O estudo, divulgado pelo Analytical Chemistry Journal, está a ser desenvolvido por engenheiros e médicos da Universidade de Michigan, nos EUA, e até agora só foi realizado em coelhos, mas os resultados são animadores.
Segundo os pesquisadores, foi encontrada uma forte correlação entre os níveis de glicose no sangue e nas lágrimas, o que sugere que a medição da glicose através da lágrima é uma potencial alternativa ao método atual. 
Para que tal seja possível, o próximo desafio da equipa será criar um sistema que incorpore um sensor que funcione com pouca quantidade de fluidos, que não provoque a evaporação do líquido lacrimal e que não magoe o olho do paciente. Com esse sistema, seria apenas necessário encostar o sensor ao olho por uns segundos e verificar o resultado.

Mark Meyerhoff, coordenador da pesquisa, explicou que "poderá ser possível medir os níveis de glicose nas lágrimas várias vezes por dia, de forma a controlar as mudanças da concentração de açúcar no sangue sem a dor causada pela repetição do método invasivo usado hoje em dia". Dor que desincentiva muitos diabéticos a fazer testes tão regularmente como seria recomendado.
Por agora, os cientistas terão de compreender se, nos humanos, o nível de glicose encontrado no sangue é também equivalente ao que se encontra nas lágrimas, de modo a apurar a viabilidade do método. Caso se comprove esta equivalência, estará aberto o caminho para o desenvolvimento de um sistema para o aplicar.

Artigo original em: Boas Notícias

26 de novembro de 2011

Diabetes gestacional

diabetes gestacional também envolve uma combinação de secreção e responsividade de insulina inadequados, assemelhando-se à diabetes tipo 2 em diversos aspectos. Ela se desenvolve durante a gravidez e pode melhorar ou desaparecer após o nascimento do bebê. Embora possa ser temporária, a diabetes gestacional pode trazer danos à saúde do feto e/ou da mãe, e cerca de 20% a 50% das mulheres com diabetes gestacional desenvolvem diabetes tipo 2 mais tardiamente na vida.
A diabetes mellitus gestacional (DMG) ocorre em cerca de 2% a 7% de todas as gravidezes. Ela é temporária e completamente tratável mas, se não tratada, pode causar problemas com a gravidez, incluindo macrossomia fetal (peso elevado do bebê ao nascer), malformações fetais e doença cardíaca congênita. Ela requer supervisão médica cuidadosa durante a gravidez. Os riscos fetais/neonatais associados à DMG incluem anomalias congênitas como malformações cardíacas, do sistema nervoso central e de músculos esqueléticos. A insulina fetal aumentada pode inibir a produção de surfactante fetal e pode causar problemas respiratórios. A hiperbilirrubinemia pode causar a destruição de hemácias. Em muitos casos, a morte perinatal pode ocorrer, mais comumente como um resultado da má profusão placentária devido a um prejuízo vascular !

Diabetes Millitus tipo 2

Antigamente chamada de Diabetes Não Insulino-dependente ou Diabetes Tardio, tem mecanismo fisiopatológico complexo e não completamente elucidado. Parece haver uma diminuição na resposta dos receptores de glicose presentes no tecido periférico à insulina, levando ao fenômeno de resistência à insulina. As células beta do pâncreas aumentam a produção de insulina e, ao longo dos anos, a resistência à insulina acaba por levar as células beta à exaustão.
Desenvolve-se frequentemente em etapas adultas da vida e é muito frequente a associação com a obesidade e idosos. Vários fármacos e outras causas podem, contudo, causar este tipo de diabetes. É muito frequente a diabetes tipo 2 associada ao uso prolongado de corticoides, frequentemente associada à hemocromatose não tratada.

Fonte: Wikipédia

Diabetes Millitus Tipo 1

No caso da Diabetes mellitus tipo 1, esta aparece quando o Sistema imunitário do doente ataca as células beta do pâncreas. A causa desta confusão ainda não foi definida, apesar de parecer estar associada a casos de constipações e outras doenças. O tipo de alimentação, o estilo de vida, etc. não têm qualquer influência no aparecimento deste tipo de diabetes.
Normalmente se inicia na infância ou adolescência, e se caracteriza por um déficit de insulina, devido à destruição das células beta dopâncreas por processos auto-imunes ou idiopáticos. Só cerca de 1 em 20 pessoas diabéticas tem diabetes tipo 1, a qual se apresenta mais frequentemente entre jovens e crianças. Este tipo de diabetes se conhecia como diabetes mellitus insulino-dependente ou diabetes infantil. Nela, o corpo produz pouca ou nenhuma insulina. As pessoas que padecem dela devem receber injeções diárias de insulina. A quantidade de injeções diárias é variável em função do tratamento escolhido pelo endocrinologista e também em função da quantidade de insulina produzida pelo pâncreas. A insulina sintética pode ser de ação lenta ou rápida: a de ação lenta é ministrada ao acordar e ao dormir (alguns tipos de insulina de ação lenta, porém, são ministradas apenas uma vez por dia) ; a de ação rápida é indicada logo antes de grandes refeições. Para controlar este tipo de diabetes é necessário o equilíbrio de três fatores: a insulina, a alimentação e o exercício.
Sobre a alimentação é preciso ter vários fatores em conta. Apesar de ser necessário algum rigor na alimentação, há de lembrar que este tipo de diabetes atinge essencialmente jovens, e esses jovens estão muitas vezes em crescimento e têm vidas ativas. Assim, o plano alimentar deve ser concebido com isso em vista, uma vez que muitas vezes se faz uma dieta demasiado limitada para a idade e atividade do doente. Para o dia a dia, é desaconselhável a ingestão de carboidratos de ação rápida (sumos, bolos, cremes) e incentivado os de ação lenta (pão, bolachas, arroz, massa…) de modo a evitar picos de glicemia.
Resultados contraditórios têm sido relatados sobre os benefícios da atividade física no controle metabólico desses pacientes. Ainda controverso também é o tipo de exercício (aeróbica ou treinamento resistido), alimentação antes do exercício e dose de insulina mais benéfico neste grupo. A prática de exercícios pode agravar a cetose e hipoglicemia porém diminuem os riscos de problemas cardíacos e melhoram o controle glicêmico e o perfil lipídico especialmente em jovens.  Nas grandes cidades existem academias especializadas em pacientes com problemas de saúde e que podem ajudar na escolha e monitoração correta da prática dos exercícios para diabéticos.
Fonte: Wikipédia
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