25 de setembro de 2012

Utilização de Glucagon para diabéticos tratados com insulina


Nem todos os diabéticos sabem o que é ou estão familiarizados com o glucagon, a verdade é que as recomendações sugerem que todos os diabéticos tratados com insulina devem ter um kit de glucagon disponível.
O glucagon é uma hormona que tem uma ação oposta à insulina, isto é, aumenta a concentração de glicose no sangue. Este aumento é conseguido através da libertação das reservas no fígado de glicogénio e através da ativação da síntese de glicose a partir de proteínas.
Ele é produzido pelo pâncreas nas células alfa, no entanto o diabético vai perdendo a capacidade de o produzir.
A pergunta coloca-se: Quando é que é necessário administrar glucagon?
Ele deve ser injetado, em caso de hipoglicemia, quando o doente não tem capacidade de comer, quando não consegue reverter a hipoglicemia ou em caso de inconsciência ou convulsões.
Quanto às dosagens, adultos e crianças com idade superior a 8 anos e peso superior a 25kg devem administrar 1ml. Crianças com menos de 8 anos e menos de 25kg administram metade da dose.
O efeito do glucagon faz-se sentir em 10 minutos e a dose não deve ser repetida. É natural que o doente sinta alguns enjoos. Deve fazer uma refeição assim que possível.
Como referido o glucagon não é injetado pelo doente, mas sim por outra pessoa, por isso é importante que saiba reconhecer e atuar perante uma hipoglicemia para poder ajudar em tempo útil. Para isso veja Urgências Hospitalares e Reconhecer Urgências.

Como actuar em caso de Hipoglicemia:



glicose (açúcar) é a energia, por excelência, utilizada pelo nosso corpo, o cérebro por exemplo só utiliza glicose como fonte de energia, assim níveis baixos de glicose no sangue condicionam o funcionamento do cérebro.
É importante que o diabético e familiares saibam reconhecer sinais e sintomas de hipoglicemia para que esta situação não se agrave.
Consideramos hipoglicemia valores abaixo dos 70mg/dl.
O cansaço inexplicável, as tonturas, a visão turva e a dificuldade em raciocinar são os principais sintomas da hipoglicemia.
Num doente diabético, em caso de dúvida nos sintomas devemos agir assumindo que é uma hipoglicemia já que esta é a complicação mais urgente.


Sintomas de Hiperglicemia



A hiperglicemia pode acontecer nos diabéticos mal controlados ou quando existe ingestão de uma grande quantidade de açúcar.
Esta condição pode causar sintomas como: 


Sintomas de Hipoglicemia

A hipoglicemia geralmente ocorre em diabéticos que utilizam fármacos para controlar a doença, sejam eles insulina ou antidiabéticos orais.
Esta condição pode acontecer essencialmente por três motivos (isolados ou em conjunto): toma excessiva/incorreta da medicação, jejum prolongado e exercício físico inadequado. 
Os níveis de açúcar no sangue não devem estar abaixo dos 70mg/dl.
Se toma medicamentos para controlar a Diabetes é necessário ter muita atenção com a alimentação para que os níveis de açúcar não desçam demasiado.




Valores de Referência

Fonte: Portal da Diabetes

21 de setembro de 2012

Diabetes: Português preside à federação internacional

Diabetes: Português preside à federação internacional


Pela primeira vez nos mais de 60 anos da instituição, um português vai presidir à Federação Internacional de Diabetes - Região Europa (IDF Europa). João Nabais, de 43 anos, é professor na Universidade de Évora e vai assumir formalmente o cargo no próximo domingo, 23 de Setembro.
 
Na Assembleia Geral marcada para esse dia, o até agora presidente-eleito, diabético desde os 12 anos de idade, vai assumir em pleno a função, escolhendo também uma nova equipa de trabalho para os três anos que aí vêm. Embora as prioridades para o próximo triénio estejam ainda por definir, o português assume desde logo alguns compromissos. 
 
"É urgente pôr em prática soluções que impeçam o contínuo aumento do número de pessoas com diabetes tipo 1 ou 2. Por isso, a IDF Europa pretende incrementar uma ligação ainda mais profunda com os nossos membros, as associações nacionais, para que o combate à diabetes seja mais próximo, junto das pessoas que mais precisam", adianta João Nabais, em comunicado.
 
Além disso, promete, a defesa da causa será também reforçada, tal como a luta contra a discriminação. "É fundamental colocar a diabetes na agenda das instituições europeias, criando uma estratégia concreta para combater uma doença que já afeta cerca de um milhão de portugueses e mais de 32 milhões de cidadãos da UE, quase 10% do total da população dos estados membros", defende. 
 
João Nabais não esquece igualmente a importância de formar uma nova geração de líderes no combate à diabetes pelo que outra das suas prioridades enquanto presidente da IDF Europa será “fortalecer o Campo Internacional de Jovens Adultos”.
 
Antes da Assembleia Geral da IDF Europa, no dia 22 de Setembro, vai decorrer a Reunião Anual da instituição, que contará com a participação de 130 participantes europeus. Durante o evento, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) - a mais antiga associação do mundo na luta contra a diabetes - vai apresentar o trabalho que tem desenvolvido e os últimos números da doença em Portugal. 
 
A Federação Internacional da Diabetes - Região Europa representa 62 associações de diabetes, defendendo os direitos de cerca de 32 milhões de pessoas com esta doença.

Fonte: boas noticias.pt

10 de setembro de 2012

Cientista português inventa gel para curar feridas dos diabéticos


O gel foi criado por Lino Ferreira, investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, e pode vir a resolver um problema que afeta 150 mil diabéticos em Portugal.

Um gel criado com o uso de células estaminais do sangue do cordão umbilical, que trata as feridas crónicas dos doentes diabéticos, acaba de ser patenteado por Lino Ferreira, investigador da Universidade de Coimbra, em parceria coma a empresa Crioestaminal.
O problema afeta 150 mil diabéticos em Portugal e o gel "resulta da necessidade de encontrarmos meios mais eficazes para o tratamento deste tipo de feridas, pois estima-se que 15% dos pacientes diabéticos tenham ulcerações do pé que não cicatrizam", explica o investigador.
O novo produto é composto por um co-cultura de células do sangue do cordão umbilical humano com células endoteliais (as células que se encontram no interior dos vasos sanguíneos) e um gel de biomimético, isto é, um gel produzido por componentes encontrados no sangue.

Melhorar o potencial regenerativo


Lino Ferreira esclarece que "em concreto, o que patenteámos foi uma nova metodologia para melhorar a sobrevivência e o potencial regenerativo das células estaminais do cordão umbilical".
O cientista de 41 anos de idade, já tem 14 patentes registadas a nível internacional, tendo sido sete dessas patentes licenciadas a empresas americanas, europeias e nacionais.
É coordenador de uma equipa do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, localizado em Cantanhede, no Biocant Park (parque de biotecnologia). A equipa é formada por mais de 20 investigadores e trabalha na modulação da actividade de células estaminais para utilização em Medicina Regenerativa e identificação de compostos no tratamento de doenças cardiovasculares.

Primeira aplicação em larga escala


André Gomes, administrador da Crioestaminal responsável pelas operações de investigação e desenvolvimento (I&D) da empresa, salienta que o gel patenteado "é uma nova aplicação para o sangue do cordão umbilical, para além das 81 doenças que já são tratadas com ele, mas é a primeira aplicação no tratamento de uma doença com grande incidência", isto é, que afeta um grande número de pessoas.
"Claro que não estamos a prometer nenhuma cura, mas estamos a dar um passo importante para lá chegar", acrescenta o gestor, que é também bioquímico de formação. André Gomes prevê que o gel esteja disponível no mercado, "em termos de utilização rotineira", dentro de cinco a dez anos.
Será sempre um medicamento fabricado à medida de cada paciente, "porque estamos a falar de terapia celular", uma área da medicina em grande expansão, onde há grandes expectativas quanto à cura de muitas doenças.

Ensaios clínicos ainda em 2012


Depois da patente registada, a próxima etapa será a dos ensaios clínicos em seres humanos, visto que os ensaios pré-clínicos em animais já foram feitos e tiveram sucesso. É uma etapa com duas fases, que deverá demorar dois a três anos.
"Estamos à procura de parceiros e de financiamento para os ensaios clínicos, onde pretendemos testar a eficácia e a segurança do gel, e queremos avançar com este processo ainda em 2012".
As células estaminais são células indiferenciadas existentes em todos os organismos multicelulares, que se podem dividir e diferenciar em diversos tipos de células especializadas, e que podem também autorenovar-se para produzir mais células estaminais.

Três anos de investigação


O projeto de investigação que conduziu à descoberta do gel durou três anos e a Crioestaminal investiu nele 600 mil euros. Os outros projetos de I&D em curso na empresa, em parceria com várias universidades, envolvem um investimento global de dois milhões de euros. 
A Crioestaminal foi o primeiro banco de células estaminais do sangue do cordão umbilical a ser criado em Portugal, em 2003, e a primeira empresa autorizada pela Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação.
É também a única empresa portuguesa acreditada pela Associação Americana de Bancos de Sangue (AABB), uma das duas entidades a nível mundial que estabelece critérios de qualidade específicos para os bancos de sangue do cordão umbilical.  


Artigo original em: http://expresso.sapo.pt/cientista-portugues-inventa-gel-para-curar-feridas-dos-diabeticos=f751783#ixzz263Q8xijj

Medir a glicose sem a picada de agulha


Sistema de diagnóstico em miniatura utiliza fluídos como o suor ou as lágrimas

 
Investigadores do Instituto Fraunhofer estão a desenvolver um biossensor de medição não invasiva que poderá libertar os pacientes com diabetes da constante dor da picada de agulha no dedo, um meio de verificação de glicose no sangue que faz parte da vida diária destas pessoas.

O novo sistema de diagnóstico, composto por um minúsculo chip, combina a medição e análise digital e situa-se no corpo do paciente. É capaz de medir os níveis de glicose continuamente por meio de fluidos de tecidos diferentes do sangue, como o suor ou as lágrimas.
O princípio de medição envolve uma reacção electroquímica que é activada com a ajuda de uma enzima. A característica especial é que o chip, para além de medir apenas 0,5 por 2,0 milímetros, consome significativamente menos energia. Os sistemas anteriores precisavam de cerca de 500 microamperes em cinco volts; agora, é necessário menos de 100 microamperes. Isto aumenta a durabilidade do sistema, permitindo que o paciente use o sensor durante semanas ou mesmo meses. O uso de um sistema passivo faz esta durabilidade possível. O sensor é capaz de enviar e receber pacotes de dados, mas também pode ser abastecido através de rádio frequência.

O instrumento de medição não-invasivo para monitorar os níveis de glicose no sangue pode tornar-se a base para um desenvolvimento particularmente útil no futuro: o biochip pode vir a controlar uma bomba em miniatura implantada que, com base no valor da glicose medido, indica a quantidade exacta de insulina a administrar. Dessa forma, pacientes com diabetes podem dizer adeus às picadas de agulha para sempre.

Artigo em: cienciahoje.pt

1 de setembro de 2012

Frutas para Diabéticos: Quais as mais indicadas?


Ainda hoje, a existência do conceito da “Dieta para Diabético”: não pode isso, não pode aquilo, só pode isto… Infelizmente, prevalece em alguns tratamentos.
A alimentação de um indivíduo portador de Diabetes segue os mesmos padrões de Recomendações Nutricionais que a população saudável em geral, podendo ter como guia nutricional a mesma pirâmide alimentar da dieta saudável, sendo está alimentação composta de variedade, proporcionalidade, diversidade e qualidade.
Neste caso, o termo “Dieta para Diabetes” cai em desuso! Assim como o nosso título, pois não existem frutas para Diabéticos. A verdade, é que todas as frutas são permitidas para pessoas com Diabetes…
As frutas contém açúcar, mas um açúcar natural, que não prejudicam a saúde do portador de Diabetes, desde que usadas em quantidades adequadas e horários corretos.
De acordo com o guia alimentar, isso significa que uma criança pode ingerir cerca de 3 frutas por dia, um adolescente ou uma gestante no máximo de 4 frutas diárias, um adulto eutrófico entre 2 a 5 frutas, dependendo de sua atividade física e um obeso poderá ter seu limite fixado em 3 frutas ao dia.
É importante ressaltar que as porções de frutas não devem ser exageradas, devem ser de tamanho pequeno a médio e, sempre que possível, devem ser consumidas com casca e bagaço.
Algumas frutas, como por exemplo, a uva, o caqui, a manga e a banana nanica têm mais açúcar que outras, o que não proíbe seu consumo, mas indica a necessidade de controlar o tamanho da porção a ser ingerida. O abacate, por sua vez, quase não tem açúcar e é muito rico em um tipo de gordura, ômega 3, que aumenta o bom colesterol, mas tem um valor calórico muito alto, o que recomenda consumo em quantidade pequena pelas pessoas com excesso de peso.
A escolha e a quantidade que se ingere de cada alimento são a chave para uma alimentação saudável.
E mais, se as frutas forem consumidas de forma moderada, elas trazem grandes benefícios à saúde, podendo ate auxiliar no controle da glicemia. Vejam alguns exemplos de frutas indicadas para o consumo da pessoa com Diabetes:
Maçã: Fonte de multiplas vitaminas, mas se destaca pela presença de uma fibra chamada pectina, ótimo resultados para o portador de Diabetes. A Pectina se mostra eficiente não só no controle da glicemia como também na redução do mau colesterol. A combinação dessa fruta cozida com canela tem resultados ainda melhores, pois prolonga a sensação de saciedade.
Abacate: O abacate é uma fruta bastante indicada para portadores do diabetes. Quase não contém açúcar e é rico em boas gorduras que aumentam o bom colesterol. Além disso, a presença de gorduras deixa o processo de absorção dos alimentos mais lento, prolongando o tempo de saciedade e tempo de absorção da glicose. Porém, a fruta é bastante calórica e deve ser consumida com moderação, principalmente, por quem está acima do peso.
Cereja:  Devido a cor vermelha já denuncia a sua alta concentração de flavonoides, compostos com poder antioxidante, anti-inflamatório, antiviral, antialérgico e anticarcinogênico. Composta pelas vitaminas A, C e E que, juntas, são capazes de restringir as lesões induzidas pelos radicais livres, responsáveis por danificar células sadias do corpo. Entretanto, ela eleva os níveis glicêmicos, seu consumo deve ser moderado.
Limão: Rico em ácido cítrico e ácido ascórbico, atua beneficamente em diferentes partes do corpo. Evita hemorragias, uma grande preocupação para quem tem diabetes, já que a dificuldade de cicatrização e a consequente possibilidade de infecções são maiores. Alta concentração de ácido nicotínico que protege as artérias, prevenindo problemas cardiovasculare. Por fim, diminui a viscosidade do sangue, o que é essencial, uma vez que, junto com o diabetes, existem alterações que predispõe a um maior risco de trombose.
Amora: Embora tenha um índice glicêmico alto, a amora é rica em compostos que estimulam e aceleram a liberação de insulina, melhorando a síntese de glicose, no diabpeticos tipo 2.  A amora também é responsável por normalizar a pressão arterial e atuar como bactericida e anti-inflamatório.
Coco: Rico em ácidos graxos e ácido láurico, é um importante combatente de bactérias e fungos. Tais substâncias também cumprem um papel importante na nutrição das células intestinais, enriquecendo a imunidade. A gordura do coco favorece a saciedade e reduz as inflamações e também a carga glicêmica.

Mito ou Verdade: Insulina emagrece?


Mito. Em geral, o uso da insulina causa ganho de peso.

A insulina é responsável pela entrada de glicose na célula para serem transformadas em energia ou serrem armazenadas como reserva, como a gordura, por exemplo.
A verdade que não é a insulina, por si só, que engorda e sim o que se come e a quantidade que se come. Uma alimentação balanceada, com a ingestão adequada de nutrientes, e o uso correto e bem administrado da insulina não causará nem ganho e nem perda de peso.
Com a ausência da insulina no organismo ocorre a perda de peso. Isso ocorre, por que o corpo não consegue usar a glicose disponível no sangue e fica sem energia, neste caso, o organismo utiliza proteínas e gorduras corporal de reseva para a sua atividade, gerando emagrecimento, típico do diagnostico de Diabetes tipo 1.
Geralmente, pacientes portadores de diabetes tipo 1 tem grande perda de peso quando estão sem tratamento ou este está incorreto, nessa época, atingem valores mais altos de glicemia.Mas, atenção, essa perda de peso não é saudável e nem possível mantê-la. O risco na recuperação do peso e de o ganho ser ainda maior que a perda.
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