28 de fevereiro de 2012

Corpo não para de produzir insulina em diabéticos tipo 1


O organismo de pessoas com diabetes tipo 1 continua a produzir insulina, afirmam pesquisadores do Hospital General de Massachusetts, em Boston (EUA).

O grupo sugere que algumas células pancreáticas, responsáveis pela produção do hormônio, continuam a funcionar nos diabéticos, levando os cientistas a acreditar que elas poderiam ser regeneradas no futuro.

No diabetes do tipo 1, os leucócitos interpretam erroneamente que as células beta do pâncreas são corpos estranhos e estes, por sua vez, passam a ser atacados pelos anticorpos, o que leva à falta de insulina essencial para controlar os níveis de glicemia do sangue.

No estágio inicial da doença, as ilhotas de Langerhans liberam uma quantidade de insulina, mas como também são atacados, ao longo do tempo o corpo deixa de produzir insulina em quantidade suficiente.

Segundo os resultados obtidos pela equipe de Boston, essa premissa pode estar equivocada.

Denise Baustman e equipe analisaram o sangue de 182 diabéticos em busca do peptídeo C, uma proteína que é fabricada exclusivamente durante a produção de insulina pelo corpo.

O peptídeo C foi encontrado em 80% dos pesquisados, todos diagnosticados com diabetes tipo 1, durante os últimos cinco anos.

Baustman também detectou a mesma proteína em 10% dos diabéticos diagnosticados com a doença entre 31 e 40 anos atrás.

De acordo com a pesquisadora, isso mostra que os diabéticos poderiam restabelecer a produção de insulina para níveis normais, recuperando-se as células produtoras de insulinas da mesma forma como tem sido feito com as células-tronco.

Artigo em: Noticias.bol.uol

Especialistas e novos investigadores querem contrariar aumento da diabetes


Poucos dias após a apresentação dos mais recentes dados do relatório Factos e Números da Diabetes do Observatório Nacional, o maior congresso nacional da área, reúne de 7 a 10 de Março, no Hotel Tivoli Marina, em Vilamoura, especialistas nacionais e internacionais para debater a doença que tem aumentado gradual e preocupantemente nos últimos anos. Dar oportunidade aos investigadores de apresentarem os resultados das suas investigações na área da diabetes e procurar medidas para fazer regredir o avanço de uma doença que se constitui como a quarta causa de morte na maioria dos países desenvolvidos, são algumas da prioridades deste congresso, avança comunicado de imprensa.

A elevada prevalência da diabetes, a morbilidade e a mortalidade relacionada com as complicações micro e macrovasculares que podem ocorrer em pessoas com diabetes, nomeadamente naquelas que não se preocupem em seguir as recomendações dos profissionais que têm a responsabilidade do seu tratamento, são fortes motivos para a realização e para os objectivos traçados para o 10.º Congresso Português de Diabetes.

“A diabetes está no centro das preocupações da humanidade, assiste-se a um aumento gradual e sustentado da prevalência desta doença, e Portugal não é excepção. O que implica medidas enérgicas para contrariar esta tendência. Torna-se urgente informar os profissionais de saúde em geral e formar jovens profissionais em cursos especializados sobre Educação terapêutica e Pé Diabético, além de actualizar conhecimentos na área da diabetes, em geral”, defende José Luís Medina, presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD) e do 10.º Congresso Português de Diabetes.

Assim, Vilamoura acolhe, durante quatro dias, várias intervenções científicas de especialistas nacionais e internacionais na área da Diabetes. Diversos simpósios vão focar-se no doente: “Organização da assistência à pessoa com diabetes nos Cuidados Primários”, “Diabetes e gravidez” - em que se fará uma avaliação do impacto dos novos critérios de diagnóstico da diabetes gestacional em Portugal - e “Factores psico-sociais e diabetes”, tendo em conta aspectos como família, stress e sexo. No primeiro dia do Congresso, 7 de Março, de referir também, a conferência “A ética na clínica diária”, e a homenagem à memória do Prof. Pedro Eurico Lisboa, grande referência na área da Diabetologia.

O dia 9 de Março, sexta-feira, está reservado à apresentação dos temas: “Os novos fármacos: os que já chegaram, os que estão quase e os que estão a caminho”, “Enfermagem na Diabetes”, “Investigação fundamental e translacional (GIFT)” e “Novas Tecnologias em Diabetes”, simpósio no qual se fará, entre outras, a apresentação dos centros de tratamento para Perfusão Subcutânea Contínua de Insulina (PSCI).
O 10.º Congresso Português de Diabetes termina a 10 de Março, com três simpósios dedicados à “Diabetes na Península Ibérica”, com enfoque na prevalência da diabetes em Portugal e em Espanha, “Diabetes na Criança e na Adolescência” e “Cirurgia metabólica. A nossa experiência”. Neste dia decorre também o curso “Pé Diabético” que trata temas como Neuropatia, Doença Vascular, Infecção e Tratamento local.

Sessões interactivas, estímulo à investigação, atribuição de bolsas e prémios marcam o Congresso

Os recém-divulgados dados de 2010 do relatório Factos e Números da Diabetes do Observatório Nacional revelam que o número de pessoas com Diabetes em Portugal já deverá ter ultrapassado um milhão no decurso de 2011. Este aumento da prevalência da doença inquieta profundamente os especialistas que vão ter oportunidade de dar a conhecer boas práticas do que se tem feito na área, nomeadamente especialistas estrangeiros de renome internacional. Serão abordados temas da maior importância em sessões que se pretendem interactivas.

Além disso, neste congresso haverá oportunidade para os investigadores apresentarem os resultados das suas investigações no campo da diabetes, dos autores de comunicações ou posters discutirem os seus resultados com a comunidade científica nacional e internacional presente, numa verdadeira troca de experiências, e de estimular a investigação atribuindo bolsas e prémios.

“Contamos que este 10.º Congresso Nacional da Diabetes seja do maior interesse clínico e científico para todos os profissionais de saúde que desenvolvem trabalho nesta área, para bem das pessoas com diabetes”,  conclui José Luís Medina em jeito de convite para as conferências, simpósios, cursos e encontros com especialistas que vão decorrer em Vilamoura com início marcado já para o dia 7 de Março.

O programa provisório do 10.º Congresso Português de Diabetes está disponível para consulta em http://www.diabetologia2012.com.

Artigo em: rcm pharma

Easy Check





Milhões de pessoas que sofrem de diabetes usam uma picada dolorosa no dedo para testar os seus níveis de glicose no sangue. Um novo dispositivo em desenvolvimento pode acabar com essa rotina e oferecer uma leitura livre de dor e não-invasiva dos níveis de glicose.

O teste comum para o controle da quantidade de glicose no sangue dos diabéticos envolve múltiplas picadas no dedo por dia, a fim de obter as leituras da glicose no sangue. PositiveID Corporation, desenvolvedora de tecnologias médicas para o controle do diabetes e sistemas de biologia molecular, recentemente em uma parceria com a Research Diabetes Institute ("DRI") da Universidade de Miami e do Centro Médica "Schneider" para crianças em Israel com o propósito de desenvolver uma alternativa chamada Easy Check.

Easy Check.é um dispositivo não-invasivo que pode indicar níveis de glicose do paciente através da medição da quantidade de acetona no hálito. Este desenvolvimento contínuo segue pesquisas clínicas que têm mostrado  que a presença de níveis aumentados de acetona na respiração de um paciente indica um elevado nível de glicose no sangue.

"O objetivo do Easy Check é eliminar a necessidade de uma pessoa furar o dedo para obter uma leitura de glicose no sangue", diz Allison Tomek, vice-presidente sênior, Relações com Investidores e Comunicação Corporativa a Corporação de identificação positiva. "Em vez disso, eles poderiam simplesmente respirar para dentro do dispositivo Easy Check e obter uma leitura".

Este dispositivo requer que o paciente exale dentro de uma cápsula de uso único. O dispositivo, em seguida, mistura a respiração exalada do paciente com um composto químico que desencadeia uma reação química, que por sua vez permite a medição dos níveis de acetona em respiração do paciente. Esta medição é então correlacionada com o nível de glicose no corpo.

Segundo os desenvolvedores, "o dispositivo portátil deve proporcionar uma leitura de cinco a sete segundos, com as mesmas tolerâncias de precisão dos glicosímetros atuais, em uma alternativa segura e sem dor."


"O dispositivo ainda está em desenvolvimento", diz Tomek NoCamels. "Nós ainda não sabemos quando o aparelho estará disponível nem quanto vai custar, mas esperamos que o lançamento de um estudo clínico nas próximas semanas."

Até a data, Easy Check só passou por testes respiratórios preliminares, realizados em um laboratório de pesquisa fora de Tel Aviv, Israel. A empresa está agora trabalhando em novos testes, calibração e desenvolvimento de software do dispositivo e algoritmos. A segunda geração do protótipo está em desenvolvimento, levando a uma submissão FDA possível este ano.

2 de fevereiro de 2012

Em busca da Cura ...


Uma nova técnica para evitar a rejeição e aumentar a segurança nos transplantes de ilhotas de Langerhans — grupo de células do pâncreas responsável pela produção de insulina — está sendo estudada por pesquisadores do Núcleo de Terapia Celular Molecular da Universidade de São Paulo (USP).

O objetivo do transplante é fazer com que os portadores de diabetes tipo 1 não precisem mais tomar injeções de insulina diariamente. Com a nova técnica, os médicos conseguem também evitar a rejeição às células transplantadas e eliminar a obrigação do paciente ter que tomar remédios imunossupressores (para reduzir a actividade ou a eficiência do sistema imunológico).

Segundo a coordenadora núcleo da USP, a bióloga Mari Sogayar, a administração dos remédios para evitar a rejeição é complicada porque, além de serem medicamentos caros, provocam efeitos colaterais indesejáveis. No Brasil foram feitos transplantes desse tipo em cinco pacientes entre 2002 e 2006.

— Alguns deles são causadores de diabetes, outros derrubam a imunidade. Por isso, esse projeto só é usado em casos extremos, quando o paciente diabético tipo 1 não consegue controlar a glicemia só com insulina. Aí tem que fazer alguma coisa, porque esse paciente pode morrer — explica.

A intenção da nova técnica é “enganar” o organismo ao encapsular as ilhotas de Langerhans e torná-las invisíveis ao sistema imunológico, que assim não consegue atacá-las. O método é rápido e nada invasivo, já que consiste em introduzir uma cápsula com as células por meio de uma agulha e um cateter na região próxima ao fígado.

— A cápsula é feita de um material extraído de algas, com uma estrutura que permite que o oxigênio entre nas células e que a insulina ultrapasse a barreira. O tecido impede ainda que o sistema imunológico destrua as ilhotas — afirma.

Testes

Por enquanto, a técnica foi testada apenas em camundongos tornados diabéticos, que, de acordo com a bióloga, reverteram a doença depois de receberem as cápsulas. Os animais permaneceram normais por um período longo, de 200 dias — mais da metade da vida. Segundo Mari, após 200 dias as cápsulas foram removidas e o animal voltou a ficar diabético.

A bióloga explica ainda que o desejo da equipe agora é partir para uma fase de testes em animais maiores, como porcos ou cães e depois, tendo sucesso, pleitear a autorização junto ao Comitê de Ética para passar para outra etapa: testes clínicos para avaliar a segurança e a eficácia do processo em seres humanos.

— Mas, para isso, vamos precisar de recursos e de apoio de agentes financiadores para que tenhamos material e pessoal capacitado para dar andamento ao projeto — finaliza, acrescentando que a expectativa é conseguir finalizar o projeto em dois anos.

Artigo em: Portal Diabetes




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