21 de novembro de 2012

Spray de nariz pode ser o fim das injeções de insulina


spray nasal diabetes Spray de nariz pode ser o fim das injeções de insulina

Uso uma vez ao dia de novo spray nasal pode significar o fim das injeções para diabéticos tipo 1!

Quem tem diabetes, em especial diabetes tipo 1, tem de continuamente realizar duas atividades não muito agradáveis: monitorar as taxas de açúcar no sangue e corrigi-las através do uso de insulina. O monitoramento geralmente é feito picando-se um dedo, coletando-se uma gota de sangue e inserindo-a em um aparelho medidor. O uso de insulina, por sua vez, muitas vezes envolve injeções. São tantas picadas todos os dias que métodos indolores e mais práticos para o controle da glicemia continuam sendo o sonho de consumo de muitos diabéticos.

Felizmente, vivemos em uma ótima época!

O Diabeticool já contou a história de aparelhos revolucionários que prometem, muito em breve, tornar a leitura das taxas de açúcar sangüíneo uma moleza – lembre-se aqui do medidor de glicemia do pesquisador Tim Fisher, que lê as taxas através da saliva, suor e urina, e releia a matéria “Novo Paradigma de Monitoramento Contínuo“, que apresenta um medidor que lê a glicemia de uma maneira inédita, através do fluido intersticial. Mas e a administração de insulina? Estão inventando novas e melhores maneiras de utilizá-la, descartando de vez as injeções?

Uma pesquisa publicada na última edição do periódico científico Biomaterials Science tem chamado a atenção. Uma equipe de cientistas da Itália, Grécia, do Reino Unido e do Líbano inventou um spray que permite a incorporação da insulina através do nariz! Os resultados dos primeiros estudos, feitos em camundongos diabéticos, mostraram que o método manteve a glicemia sob controle por 2,5 vezes mais tempo do que as tradicionais injeções – o que significa que o spray deve ser utilizado apenas uma vez ao dia.

Por que o nariz?

Além de ser uma via de acesso fácil ao corpo, o nariz foi escolhido pelos cientistas por apresentar baixa atividade enzimática – ou seja, são menores as chances da insulina ser destruída pelo sistema imune do corpo antes de fazer o seu efeito.
O líder do estudo, Dr Hamde Nazar, da University of Sunderland, no Reino Unido, afirmou que “nossos dados destacam o potencial da formulação para ser usada uma vez ao dia para a administração de insulina através das vias nasais. Todavia, seus méritos no tratamento do diabetes humano pode apenas ser avaliado através de testes clínicos.”
 
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Tratamento com nanopartículas contra o diabetes tipo 1

O diabetes tipo 1 é a forma da doença de origem autoimune, ou seja, é caracterizada pelo ataque do próprio sistema imune contra as células produtoras de insulina (células beta). Isto acontece porque, por algum motivo ainda desconhecido, o sistema de defesa não reconhece as células beta como integrantes do organismo, e portanto passa a destruí-las. Com o passar do tempo, muitas destas células são mortas, a produção de insulina cai bastante, a glicemia dispara e tem-se o diabetes. A fim de tratar a condição, algumas estratégias terapêuticas agressivas já foram propostas. Por exemplo, uma idéia é fornecer aos diabéticos drogas que suprimem completamente o sistema imune. Assim, por um lado, o corpo para de atacar as células produtoras de insulina; porém, por outro lado, o paciente fica vulnerável a doenças e infecções. Como, então, seria possível resolver o problema?
Uma brilhante solução foi proposta por uma equipe de cientistas da Northwestern University, em Chicago, nos EUA. Eles utilizaram nanopartículas,cobertas por moléculas específicas de um determinado tipo celular. Umas vez injetadas, as nanopartículas são “devoradas” pelas células de defesa do sistema imune. Neste processo, aquelas moléculas específicas passam a ser reconhecidaspelo sistema imune, que a partir daí acredita que elas são parte normal do organismo. Ou seja, caso as nanopartículas sejam recobertas de moléculas específicas das células-beta, o sistema imune deixará de atacá-las!
nanoparticulas diabetes Tratamento com nanopartículas contra o diabetes tipo 1A pesquisa testou a idéia em camundongos que sofriam de esclerose múltipla, uma outra doença auto-imune. Através das nanopartículas, eles conseguiram frear o avanço da doença. Após cada tratamento, os camundongos apresentavam recaídas apenas a cada 100 dias, o que, de acordo com os pesquisadores, pode significar anos a mais de vida para pacientes humanos.
O líder do estudo, professor Stephen Miller, disse que, da mesma maneira que a esclerose múltipla foi tratada, será possível desenvolver facilmente tratamentos para doenças como asma e o diabetes tipo 1. “Esta é uma inovação altamente significativa. O objetivo era o de proporcionar um tratamento focado, ao contrário da imunosupressão, que enfraquece o sistema imune como um todo.” “A beleza desta nova tecnologia é que pode ser utilizada em muitas doenças auto-imunes. Nós simplesmente mudamos a proteína que é enviada ao corpo [ligadas às nanopartículas].
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9 de novembro de 2012

Proteína é capaz de normalizar nível de açúcar no sangue quando ativada.



Proteína é capaz de normalizar nível de açúcar no sangue quando ativada.

Pesquisadores do Hospital Infantil de Boston descobriram um mecanismo que não envolve insulina para normalizar o açúcar no sangue e que pode oferecer uma nova abordagem terapêutica para o diabetes tipo 1 e 2.
O diabetes pode resultar tanto em uma deficiência de insulina (tipo 1 ou diabetes insulino-dependente) ou na diminuição da sensibilidade à insulina (tipo 2).
O pesquisador Umut Ozcan e seus colegas da divisão infantil de endocrinologia mostraram que uma proteína reguladora chamada XBP-1s, quando ativada artificialmente no fígado, pode normalizar o açúcar que está elevado no sangue tanto em ratos diabéticos do tipo 1 e 2, quanto em ratos obesos. Isto sugere que abordagens que visam o aumento da atividade XBP-1 podem beneficiar pacientes com qualquer tipo de diabetes.
Em trabalhos anteriores, o laboratório de Ozcan identificou a proteína XBP-1s como uma chave para a sensibilidade do corpo à insulina, e mostrou que sua função é prejudicada pela presença da obesidade.

- “Quando XBP-1 foi ativado artificialmente, o nível de açúcar no sangue em ratos obesos com diabetes tipo 2 desceu abruptamente.”

No novo estudo, Ozcan e sua equipe mostram que a XBP-1 regula o açúcar no sangue ao degradar outra proteína (FOXO1) cujas ações incluem o aumento da produção de glicose pelo fígado, que estimula o comportamento alimentar do cérebro.
De acordo com os pesquisadores, essa degradação do FOXO1 mostra ser independente do efeito XBP-1 sobre o sistema de sinalização da insulina e, por si só, leva a uma redução nos níveis de glicose no sangue e aumento da tolerância à glicose.

- “Ao ativarmos a XBP-1 poderíamos ter outra abordagem para o tratamento do diabetes tipo 2, que também seria muito benéfica para o diabetes tipo 1.”

Ele explica ainda que mesmo em camundongos sem insulina, o aumento da expressão de XBP-1 reduziu o nível de glicose no sangue de forma significativa. Isso sugere que as abordagens que ativam XBP-1 no fígado de diabéticos tipo 1 pode controlar os níveis de glicose no sangue, com a exigência potencialmente muito menor de insulina.
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