31 de agosto de 2012


29 de agosto de 2012

Nutrição: A regra dos 3 Q's


"A ideia que a garotada deve ter de sua alimentação é de um plano saudável que as permita manter a glicemia em níveis adequados, favorecendo seu desenvolvimento e fornecendo toda aquela energia necessária para jogar futebol, dançar, nadar, surfar, andar de bicicleta, enfim, brincar. Com isso, dá para entender que os hábitos alimentares das crianças que têm diabetes não são tão diferentes dos que não têm. Todos querem crescer com saúde e energia suficiente para todo esse agito. No entanto, há uma diferença a favor de quem tem diabetes, que é seguir a “regra dos 3 Qs”: Qualidade, Quantidade e Quando. Na verdade, essa regra deveria ser respeitada por todo mundo, com ou sem diabetes.

Qualidade:
A regra da Qualidade é saber escolher e combinar os alimentos dos seguintes grupos:

• Grupo do pão – São os alimentos energéticos, contêm hidratos de carbono que são necessários para gerar energia ao corpo. Ex.: pães, bolachas, arroz, batatas, pizza e massas em geral.

• Grupo das frutas – Alimentos reguladores, contém vitaminas, sais minerais e fibras. Regulam as diversas reacções que ocorrem no nosso corpo. Ex.: maçã, laranja, abacaxi e outras frutas.

• Grupo dos vegetais – São reguladores e, como as frutas, possuem vitaminas, minerais e fibras. Ex.: alface, brócolos, cenoura, tomate.

• Grupo das carnes – Contém proteínas, são alimentos construtores, porque ajudam a construir e reparar lesões do corpo. Ex.: as carnes brancas (frango, peixe) e vermelhas (carne de boi) além de ovos.

• Grupo do leite – Também são alimentos construtores, contêm proteínas e minerais. Ex.: leite e seus derivados como iogurte e queijos.

Qualquer pessoa (nem precisa ter diabetes) pode pedir ajuda ao nutricionista para orientar como se alimentar bem, combinando todos estes alimentos de forma muito gostosa e equilibrada.

Quantidade:
Regra da Quantidade: comer de acordo com um plano alimentar, baseando-se no seu peso, idade, altura, actividade, além dos, valores dos testes de gota de sangue (monitorização).

Quando:
A terceira regra, do Quando, diz que quem usa insulina não deve pular ou atrasar as refeições combinadas com a nutricionista. Como você já deve ter percebido, é preciso comer alimentos de todos os grupos da regra da Qualidade. Não vale só comer pizza ou massas, pois para que o açúcar fique num nível bem próximo ao normal e você cresça, é preciso comer alimentos também dos outros grupos: a laranja, o frango, alface, leite e tudo mais. Isso não é uma invenção do nutricionista ou de seus pais para que você coma de tudo o que está nos grupos dos alimentos. São ideias baseadas em trabalhos sérios feitos por pesquisadores do mundo inteiro, cientistas que depois de muitos estudos descobriram estas coisas. Se você precisa de uma prova de que comer os alimentos de todos os grupos vai te fazer bem, então aí vai uma sugestão: siga a regra dos 3 Qs e confira depois de algum tempo a sua glicemia.

Controlando as quantidades:
Costumo dizer que não existem alimentos proibidos, mas quantidades que devem ser controladas. Se tenho vontade de comer pizza ou x-burguer, posso comer em quantidade adequada ao meu plano alimentar, uma vez que estes alimentos são muito gordurosos e gordura não faz bem para ninguém. Posso colocar nesse x-burguer alface, tomate (x-salada com um pouco de maionese light) e escolher uma pizza com tomate, com cobertura de escarola ou salpicada com rúcula. Para sobremesa, posso escolher uma fruta, pois as fibras das verduras e das frutas ajudam a diminuir a quantidade de açúcar no sangue. Além disso, a pizza ou o x-burguer também devem fazer parte do plano alimentar, como opções de um almoço ou jantar, mas não comidos como um prato extra.

Na alimentação saudável, devemos usar a ideia da substituição ao invés da adição. Assim, num determinado dia você pode sair com seus amigos e comer uma pizza ou um x-burguer, tomar um refrigerante diet e já que você é esperto, vai escolher uma pizza mais saudável com vegetais, ou x-burguer-salada dos nossos exemplos acima e quando chegar em casa irá saborear aquela fruta gostosa. Fácil e gostoso! Teremos assim a Qualidade (grupo de alimentos), a Quantidade (quanto de pizza devo comer) e Quando vou comer (a frequência, mas não se esqueça que este tipo de comida não vai sumir do planeta e poderá ser colocado no seu plano alimentar na semana seguinte). É só uma questão de combinar e não deixar de fora outros alimentos como alface, tomate, couve-flor, maçã, leite, frango e tudo mais dos 5 grupos. Você não gosta de couve-flor? Combinado: ou você a experimenta numa outra oportunidade ou come outro tipo de vegetal, pode ser alface ou cenoura, desde que você coma alimentos também do grupo dos vegetais. Parece razoável, ou você não faz parte da geração saúde?

Para finalizar, mas também muito importante: não se esqueça que a geração saúde é a que faz actividade física. Faça algo: jogue futebol, pratique dança, natação, judo, qualquer coisa, desde que se mexa e goste do que faz, porque aí você fará com mais vontade e prazer. Só não vale ficar parado. Pode estar certo que seu corpo vai te agradecer (olha o bumbum durinho, a barriguinha sarada, os braços fortes!), mas certamente é o seu diabetes que vai se dar melhor, porque a actividade física ajuda a controlar a quantidade de açúcar no sangue. Palavra dos estudiosos!

Fonte: Revista BD Bom Dia - Centro BD de Educação em Diabetes. Por Silvana C. Schwartsmann. Número 64 – páginas 03/04.

As informações acima têm carácter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e o acompanhamento de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas."



27 de agosto de 2012

Pâncreas artificial é nova promessa tecnológica para tratar diabete tipo 1



Um pâncreas artificial, que calcula o índice de glicose no sangue e libera insulina automaticamente sem a intervenção do paciente, é a mais nova promessa tecnológica para o tratamento de diabete tipo 1. Estima-se que 10% dos pacientes com diabete tenham o tipo1.

O diabete tipo 1 é uma doença auto-imune, caracterizada pela destruição das células do pâncreas que produzem insulina – o hormônio responsável pelo transporte do açúcar para dentro das células. Nesses pacientes, os níveis de açúcar no sangue ficam aumentados, por isso eles precisam aplicar várias injecções de insulina diariamente para normalizar os índices. Por isso, o desenvolvimento de um pâncreas artificial, que assuma essas funções sem a intervenção do paciente, é uma das principais buscas de pesquisadores do mundo todo há mais de 15 anos.

O projecto Dream (sigla de Consórcio para o pâncreas artificial sem fio, em tradução livre) é um dos experimentos nessa área. Trata-se de uma pesquisa internacional, liderada pelo pesquisador israelense Moshe Phillip, cujos resultados serão apresentados no Brasil no início de Setembro, durante o Tratamentos&Tecnologias Avançadas para o Diabete – um evento no Rio dedicado às novidades.

O grupo de Phillip desenvolveu um sistema chamado MD Logic. Trata-se de um sensor de glicose subcutâneo, que monitoriza os níveis de glicemia associados à bomba de insulina. Ambos são conectados por programas que informam e estipulam a quantidade de insulina a ser liberada para manter a glicemia dentro dos parâmetros normais. Tudo isso sem que o paciente tenha de realizar testes de ponta de dedo e calcular a quantidade de insulina a ser aplicada.

Os pesquisadores avaliaram o funcionamento do pâncreas artificial em 18 crianças entre 12 e 15 anos, durante um acampamento de três dias. Foi a primeira vez que um aparelho do tipo foi testado em um ambiente real, fora do hospital. Um estudo anterior de outro grupo, usando um sistema semelhante, foi feito com 24 pacientes hospitalizados. 

No caso de Israel, um grupo de engenheiros e médicos ficava em uma sala de controle, de onde supervisionavam remotamente as variações de glicemia das crianças, que realizavam atividades de lazer normalmente. Os resultados demonstram que a ideia funcionou – ainda que de maneira experimental.
Bomba. Hoje em dia, já existe no mercado a bomba de infusão de insulina, que funciona de maneira parecida: um aparelho monitoriza a glicemia e envia um sinal para a bomba, que fica presa à cintura do paciente. Mas, para a bomba funcionar e liberar a insulina, o paciente precisa fazer o cálculo da quantidade e accionar o botão.

“As crianças tomam de 4 a 6 picadas de insulina todos os dias, além de fazer o controle da ponta de dedo. O sonho de todo paciente é não ter lembrar de tomar insulina várias vezes. E a promessa do pâncreas artificial é fazer tudo isso sozinho”, diz o endocrinologista Luis Eduardo Calliari, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

A endocrinologista Denise Reis Franco, directora da Associação de Diabetes Juvenil (ADJ), também vê com optimismo os resultados do pâncreas artificial. “A tecnologia está mais rápida do que o desenvolvimento de novas drogas. O futuro é esse”, afirmou. Ainda em fase experimental, não há data para que o pâncreas artificial chegue ao mercado.


Artigo em: Estadão.com.br


10 de agosto de 2012

Vacina contra tuberculose reverte diabetes tipo 1 em seres humanos


Testes mostram que BCG modificada causa morte de células auto imunes que atacam o pâncreas e restaura secreção de insulina

Pesquisadores do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos, descobriram que a vacina normalmente utilizada contra a tuberculose é eficaz no tratamento do diabetes tipo 1 em seres humanos.
Ensaios clínicos mostraram que o uso da vacina modificada para elevar os níveis de um modulador do sistema imune causa a morte de células auto imunes que atacam as células secretoras de insulina do pâncreas.
A abordagem restaurou temporariamente a secreção de insulina em pacientes humanos com diabetes do tipo 1. 

Em 2001, a pesquisadora Denise Faustman e seus colegas mostraram que a expressão do fator de indução de necrose tumoral (TNF), previamente mostrado para destruir células T autoreativas, curou o diabetes tipo 1 em ratos, permitindo que as ilhotas secretoras de insulina se regenerassem. 

Uma vez que doses elevadas de TNF são tóxicas para os seres humanos, os ensaios clínicos usaram o bacilo de Calmette-Guérin (BCG), que eleva os níveis de TNF de forma segura. 

"Nossos resultados mostram que esta vacina, simples e barata modifica a autoimunidade subjacente ao diabetes tipo 1, aumenta a produção de TNF e mata as células T causadoras de doenças e parece restabelecer rapidamente a função das células beta do pâncreas", observa a pesquisadora.

Segundo a equipe, este não é um ensaio de prevenção. "Estamos tentando criar um regime que vai realmente reverter o diabetes tipo 1 em pessoas que vivem com a doença. Prevemos que o ensaio de Fase II nos dará mais orientação para transformar BCG em um tratamento mais sustentado, incluindo a dose certa e a frequência de vacinação necessária para sustentar uma resposta terapêutica", conclui Faustman.

Artigo em: ISaúde.net

9 de agosto de 2012

Diabetes: Adesivo pode substituir injeções

Uadesivo electrónico que administra insulina através da pele poderá vir a acabar com a necessidade diária de injeções de muitos diabéticos. O dispositivo, desenvolvido por uma empresa norte-americana, contém insulina suficiente para durar vários dias e tem potencial para se assumir como um método menos doloroso do que o convencional, mantendo a eficiência.
De acordo com o jornal “Daily Mail”, o U-Strip, como foi batizado, vem acompanhado de um dispositivo, o chamado "aplicador sónico", que, ao ser encostado diretamente ao adesivo, envia ondas sonoras que abrem os poros da pele e fazem com que a insulina entre com rapidez na corrente sanguínea, citou o site "Boas Notícias".
Segundo os primeiros ensaios clínicos realizados, nos EUA, com uma amostra de 100 voluntários dependentes de insulina, o adesivo inovador é capaz de fazer a substância chegar ao sangue de forma tão rápida e eficaz como uma injeção.
Os adesivos que libertam fármacos têm sido uma opção para finalidades como a terapia hormonal na menopausa ou o combate à dependência do tabaco. Porém, estes funcionam apenas com medicamentos compostos de pequenas moléculas, o que tem dificultado a criação de um método semelhante para a diabetes, visto que as moléculas da insulina têm grandes dimensões. Ainda assim, a tecnologia desenvolvida pela “Transdermal Specialties Inc”. poderá ser a solução para o problema, já que, no momento em que as ondas sonoras chegam à pele, é aberto o caminho para a administração, sem problemas, da insulina. Basta premir o botão do dispositivo que o acompanha, que tem um tamanho semelhante ao de um telemóvel, e estas ondas são produzidas, dilatando os poros e fazendo a insulina chegar ao sangue em segundos.

Artigo em: Pais & Filhos

5 de agosto de 2012

O doce futuro de uma criança com diabetes






Este vídeo foi produzido a partir de fotos de mais de 100 crianças com Diabetes tipo 1 de eventos em comemoração ao Dia Mundial do Diabetes realizados pelo Diabest.

3 de agosto de 2012

GELATINA DE IOGURTE COM MORANGOS


Informação nutricional aproximada por pessoa

 

Proteínas - 10g
Gorduras - 0,7g
H. Carbono - 12g
Calorias - 94kcal

Ingredientes (4 Pessoas)

 

5 iogurtes naturais (não açucarados)
4 colheres de sopa de adoçante para culinária
7 folhas de gelatina incolor
4 claras de ovo
300 g de morangos

Modo de preparação

 

1. Numa taça, junte os iogurtes e metade do adoçante (2 colheres de sopa) e misture. 2. Demolhe a gelatina em água fria até amolecer. Escorra e junte um pouco de água quente mexendo até derreter. Deixe arrefecer. 3. Lave os morangos e passe-os com a varinha mágica até obter uma mistura homogénea. 4. Bata as claras em castelo, juntando o resto do adoçante. 5. Misture o preparado dos iogurtes com a gelatina, as claras e o preparado dos morangos. Leve ao frigorífico ate solidificar. 6. Antes de servir, passe a taça por água quente, desenforme e decore com alguns morangos

Fonte: APDP

Investigação:

Pâncreas artificial

 

Uma das maiores notícias do ano a nível da investigação foi o avanço registado no desenvolvimento do pâncreas artificial. Este está a ser desenvolvido no sentido de conseguir fechar o circuito nos casos das pessoas que utilizam um monitor contínuo de glucose (um CGM) em conjunto com uma bomba de insulina. A intenção é que este dispositivo consiga ajudar estes dois dispositivos a comunicarem um com o outro e ajustarem automaticamente a insulina. Actualmente, a pessoa é alertada quando tem flutuações de açúcar no sangue mas tem de ajustar os seus níveis de insulina manualmente. Embora não seja uma cura para a diabetes tipo 1, a importância deste dispositivo no controlo da glucose no sangue ajudaria a reduzir o risco de complicações a longo-prazo, bem como o risco de hipoglicemias.

Investigação em saúde ocular

 

Os olhos são um dos órgãos mais vulneráveis numa pessoa com diabetes, pelo que este é um campo activo de investigação, especialmente a nível da complicação conhecida por retinopatia diabética. A Diabetes UK tem financiado uma série de projectos de investigação, incluindo um estudo sobre os efeitos da cirurgia das cataratas em pessoas com diabetes, e dois projectos de investigação sobre dois tipos diferentes de proteínas que podem ser a chave para a descoberta de novos tratamentos da retinopatia.

Vacinas para a diabetes tipo 1

 

Os investigadores em todo o mundo estão cada vez mais perto de descobrir uma vacina contra a diabetes tipo 1. Uma vacina de nanopartículas foi testada com sucesso em ratos por investigadores na Universidade de Calgary, no Canadá. Espera-se que esta vacina se revele igualmente útil para o desenvolvimento de tratamentos de outras doenças auto-imunes, incluindo a EM e o lúpus. Entretanto, os investigadores da Universidade King’s College London e Bristol estão a conduzir ensaios humanos contínuos para desenvolver e melhorar uma vacina da diabetes tipo 1 que utilize proinsulina para impedir que os glóbulos brancos ataquem as células produtoras de insulina do organismo.

Testes através de amostras de lágrima

 

Os testes de glicose podem brevemente passar a ser indolores. Um novo sensor desenvolvido para pessoas com diabetes tipo 2 utiliza uma amostra de lágrima para medir os níveis de glucose no sangue. Uma vez que substitui a picada no dedo, pode encorajar as pessoas a fazer os testes com mais frequência durante o dia, ajudando-as dessa forma a terem um controlo melhor da diabetes.

Com as descobertas inovadoras que se estão a fazer todos os dias, quem sabe se no próximo ano alguma delas poderá mudar a sua vida?

Fonte: ONETOUCH


DM tipo 1 - absorção de hidratos de carbono

A glicose dos alimentos só pode ser absorvida pela corrente sanguínea depois de passar pelo intestino. Não pode ser absorvida através do revestimento da boca, como se acreditava. Para atingir o intestino, os alimentos têm de passar primeiro pela abertura inferior do estômago onde um músculo especial, o esfíncter pilórico, actua como "porta de entrada" para o intestino em baixo. O esfíncter só deixa passar pedaços muito pequenos. Os hidratos de carbono complexos têm primeiro de ser decompostos em açúcares simples, antes de poderem ser absorvidos na corrente sanguínea. O comprimento da cadeia de hidratos de carbono parece não afectar a absorção tanto como se pensava, pois a "clivagem" (decomposição) é um processo bastante rápido. Os hidratos de carbono simples são decompostos por enzimas no revestimento do intestino, enquanto os hidratos de carbono mais complexos e amidos são primeiramente preparados pela amílase, uma enzima que se encontra na saliva e no pâncreas. O amido de fibras não pode ser decomposto em hidratos de carbono no intestino. A dado momento, os hidratos de carbono foram divididos em de acção rápida e de acção lenta, principalmente em função do tamanho da molécula. É mais correcto falar de alimentos de acção rápida e de acção prolongada para avaliar a composição, o teor de fibras e a preparação, a fim de determinar o efeito sobre o nível de glicose no sangue, mais do que simplesmente avaliar o seu teor de açúcar puro. O termo "índice glicémico (IG) é usado para descrever a forma como diferentes alimentos afectam o nível de glicose no sangue.

De acordo com estudos recentes, o teor de fibras e o tamanho das partículas parecem ser particularmente importantes. O amido dos legumes decompõe-se mais lentamente do que o amido do pão. O amido da batata decompõe-se mais rapidamente em glicose. O amido das massas decompõe-se muito mais lentamente, apesar de serem feitas a partir de farinha branca, que é pobre em fibras. O tempo de mastigação dos alimentos e o tamanho das partículas alimentares engolidas também tem influência na resposta glicémica. O puré de batata fabricado industrialmente contém um pó fino que é misturado com líquidos, cuja glicose é absorvida tão rapidamente como uma solução de glicose. As massas e o arroz são ingeridos em pedaços maiores e têm de ser digeridos para poderem ser absorvidos. Do mesmo modo, uma maçã produz um aumento mais lento da glicose no sangue do que o seu sumo, que contém partículas mais pequenas e está em forma líquida. Quando se aquecem os alimentos, o amido decompõe-se, tornando o açúcar mais acessível e mais rápido de digerir. Os alimentos industrializados são normalmente feitos a altas temperaturas, o que dá ao alimento um efeito de aumento de glicose no sangue mais rápido do que os alimentos cozinhados em casa. Os alimentos industrializados para bebés e os alimentos semi-preparados (muitas vezes utilizados nas escolas) podem elevar a glicose no sangue mais do que os alimentos cozinhados em casa.

Os hidratos de carbono não digeríveis (fibras alimentares) não se decompõem nos intestinos e, por conseguinte, não produzem uma resposta glicémica. A quantidade de hidratos de carbono listados num rótulo alimentar pode ser enganosa, porque não é feita qualquer distinção entre os hidratos de carbono digeríveis e os não digeríveis. O seu nutricionista poderá dar-lhe mais informações sobre isso.

Fonte: ONETOUCH

DM tipo 1 - Nutrição

As pessoas com diabetes devem excluir o açúcar da sua dieta, certo?

Errado. Nos dias de hoje, a investigação mostra que os diabéticos podem desfrutar da sua alimentação e ter ao mesmo tempo uma vida saudável e activa. Comer bem pode parecer uma tarefa muito difícil, mas os alimentos que contêm uma quantidade moderada de açúcar são muitas vezes aceitáveis. Conhecer os alimentos que têm hidratos de carbono e a forma como eles afectam a glicose irá ajudar o seu filho a gerir a diabetes - de qualquer forma não se esqueça nunca de que os alimentos devem ser uma coisa divertida para toda a família, e não um medicamento aborrecido. Um nutricionista pode ajudar a afinar o plano alimentar do seu filho, mas este guia aborda alguns dos princípios básicos.

De uma perspectiva histórica, os nutricionistas aconselhavam o diabético a seguir uma dieta muito restrita no que se refere à ingestão de hidratos de carbono. Os alimentos com teor de açúcar eram excluídos da dieta. Isto criou um sentimento de culpa nas pessoas com diabetes quando "quebravam as regras". Fazer o que maior parte das outras pessoas faziam, por exemplo, alterar uma determinada refeição ou satisfazer uma vontade de comer doces, era desencorajado e até visto por algumas pessoas como um "pecado". Mas esta é uma abordagem antiquada e desadequada. Não está demonstrado que a inclusão de alimentos com quantidades moderadas de açúcar agrave o controlo de glicose.

Não é provável que seja necessário cumprir um padrão rígido de refeições com alimentos seleccionados unicamente por causa da diabetes, especialmente se estiver a tomar insulina antes das refeições com injecções múltiplas ou bomba de insulina, embora seja importante ter hábitos alimentares regulares e conhecer as quantidades de hidratos de carbono. Muitas pessoas com diabetes levam uma vida completa e variada, desfrutam da sua comida, e conseguem ao mesmo tempo controlar os níveis de glicose de forma eficaz. Quanto mais conhecimentos tiver sobre os alimentos com teor de hidratos de carbono e os respectivos efeitos sobre glicose, maior controlo terá sobre a sua diabetes.

É importante ter cuidado com o que come, mesmo não tendo diabetes. Mas lembre-se de que a comida não deve ser encarada como um medicamento. Os alimentos devem estar bem apresentados e ser saborosos. As refeições significam prazer, devemos desfrutar e sentir-nos satisfeitos depois de comer. Se apenas se concentra sobre alimentos que são "bons para mim" excluindo tudo o resto, não encontrará nenhum prazer em comer. Será muito mais gratificante, se conversar sobre o que pode comer com um nutricionista, que o irá ajudar a elaborar um plano de refeições com base nos horários de refeições, nas rotinas e nas preferências que são importantes para a sua família. "Nunca deve comer o que não gosta", diz Sherry Waldron uma nutricionista inglesa.   "O que posso comer?", "O que devo evitar?" Estas questões são geralmente colocadas pelas pessoas a quem foi recentemente diagnosticada a doença. Normalmente, o comentário depois da primeira consulta no nutricionista é: "Fico feliz por saber que posso comer quase de tudo o que comia antes de ter diabetes". Os conselhos do nutricionista deverão envolver toda a família desde o início. Num estudo realizado na Finlândia com crianças com diabetes Tipo 1, todos os membros da família passaram a consumir mais leite magro, queijo e carnes frias com baixo teor de gordura. Além disso, passaram a comer mais fruta e legumes.

As recomendações nutricionais serão baseadas em requisitos para todas as crianças e adolescentes saudáveis. As crianças precisam de duplicar a ingestão energética entre os 6 e os 12 anos de idade, para crescerem fortes e saudáveis. Nessa altura, elas precisam de comer mais alimentos ricos em energia e proteínas. No entanto, se não reduzirem a sua ingestão energética assim que o crescimento cessar, elas correm o risco de se tornar obesas. Neste momento, não existem evidências científicas para recomendar suplementos vitamínicos e minerais.

Fonte: ONETOUCH

DM tipo 1 - Alimentação


No passado, os conselhos alimentares para diabéticos eram muito restritivos relativamente ao consumo de hidratos de carbono. Os alimentos ricos em açúcar eram excluídos da dieta. Isto gerava sentimentos de culpa nas pessoas com diabetes quando "quebravam as regras". Comportar-se como as outras pessoas, por exemplo, variar o consumo de alimentos e satisfazer o ocasional "desejo" de doces, eram comportamentos criticados nos diabéticos e encarados por muitos como um "pecado". Trata-se de uma abordagem desactualizada e inadequada. A inclusão de alimentos em quantidades moderadas de açúcar não implica o agravamento do controlo da glicose no sangue.

O controlo da diabetes, por si só, não exige necessariamente a manutenção de padrões de alimentação rígidos, especialmente quando se está sujeito à administração pré-prandial de insulina através do tratamento com injecções múltiplas ou com uma bomba infusora, embora seja importante fazer refeições regulares e saber as quantidades de hidratos de carbono adequadas. Muitas pessoas com diabetes têm vidas activas e produtivas, apreciam a sua alimentação e controlam os níveis de glicose no sangue de forma eficaz. Quanto mais conhecimentos adquirir acerca dos alimentos ricos em hidratos de carbono e sobre a forma como actuam nos níveis de glicose no sangue, mais facilmente irá controlar a diabetes. Este capítulo fornece informações detalhadas sobre a glicose no sangue e os diferentes tipos de alimentos, sendo no entanto aconselhável consultar um nutricionista para se informar sobre os aspectos gerais de uma alimentação saudável.

É importante ter cuidado com a alimentação, mesmo quando não tem diabetes. No entanto, lembre-se de que a alimentação não deve ser encarada como um medicamento. A comida deverá ter bom aspecto e ser saborosa. As refeições devem ser agradáveis e, por isso, há que desfrutar da comida e sentir satisfação depois de comer. Se estiver concentrado apenas no facto de a comida "ser saudável" e nada mais, não apreciará a refeição. Será muito mais gratificante falar com um nutricionista sobre os alimentos mais adequados ao seu caso e obter um plano alimentar com base nos horários de refeições, nas rotinas e nas preferências que são importantes para a sua família.

"O que posso comer?", "O que devo evitar?" Estas questões são geralmente colocadas pelas pessoas a quem foi recentemente diagnosticada a doença. Normalmente, o comentário depois da primeira consulta no nutricionista é: "Fico feliz por saber que posso comer quase de tudo o que comia antes de ter diabetes". Os conselhos do nutricionista deverão envolver toda a família desde o início. Num estudo realizado na Finlândia com crianças com diabetes Tipo 1, todos os membros da família passaram a consumir mais leite magro, queijo e carnes frias com baixo teor de gordura. Além disso, passaram a comer mais fruta e legumes.

Fonte: ONETOUCH
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