8 de julho de 2012

Descoberta hormona com propriedades anti-diabéticas

Estudo publicado na “Cell Metabolism

Investigadores americanos descobriram uma hormona, que tal como a insulina apresenta propriedades anti-diabéticas e é produzida nos ilhéus pancreáticos, refere um estudo publicado na “Cell Metabolism”.

Os investigadores da Duke University Medical Center, nos EUA, verificaram que a hormona, TLQP-21 estimulava a secreção de insulina por um tipo específico de células pancreáticas, os ilhéus de Langerhans, em ratinhos e humanos e as protegia de agentes tóxicos.

O estudo apurou que, a administração da TLQP-21 a ratinhos propensos a desenvolver diabetes tipo 2 aumentava os níveis de insulina e de glucose bem como a sobrevivência das células beta, um tipo ilhéus de Langerhans que estão envolvidos na produção de insulina e na regulação dos níveis de glucose.

Apesar de os investigadores apenas terem testado a TLQP-21 em modelos para a diabetes tipo 2, planeiam futuramente averiguar qual o seu efeito na diabetes tipo 1.

“Estes resultados mostram uma visão inovadora sobre como a sobrevivência das células beta pode ser regulada”, revelou em comunicado de imprensa, uma das autoras do estudo, Patricia Kilian.

Os investigadores explicam ainda que a TLQP-21 partilha algumas funções com uma outra hormona produzida pelo trato digestivo, a GLP-1. Através de diferentes mecanismos, as duas hormonas protegem e promovem a secreção de insulina. Atualmente, a GLP-1 ou fármacos que a estabilizem são amplamente utilizados no tratamento da diabetes tipo 2, mas apresentam alguns efeitos secundários, como o aumento da frequência cardíaca e diminuição do esvaziamento do estômago, um efeito que leva muitas vezes à interrupção do tratamento.

“O que é interessante é que nos nossos estudos realizados em animais, não verificámos estes efeitos secundários”, revelou o líder do estudo, Samuel B. Stephens. “Os ratinhos ingeriram uma quantidade habitual de alimentos e não apresentaram alterações quer na frequência cardíaca, quer nos padrões digestivos, quando administradas elevadas doses da hormona.”

De acordo com os investigadores o próximo passo será encontrar uma molécula capaz de estimular os ilhéus de Langerhans a aumentarem a produção da TLQP-21, ou desenvolver uma versão mais eficaz e estável da hormona injetável.

Artigo em: Alert


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